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Organização Internacional denuncia construção de enorme base militar anti-imigrantes no Texas

Editores | 22/04/2024 18:04 | POLÍTICA E ECONOMIA
IMG Foto: Miguel Negron

A construção de uma imponente “Base Operacional Avançada” pelo Departamento Militar do Texas nos arredores de Eagle Pass para abrigar até 1.800 membros da Guarda Nacional marca um novo capítulo no controverso programa anti-imigrantes do estado, conhecido como Operação Lone Star. Segundo publicou o HumanRights Watch, este projeto, parte de um programa multibilionário, tem sido amplamente criticado por suas consequências ambientais e sociais.


Imagens de satélite revelam um desmatamento maciço da área, enquanto vídeos recentes mostram uma intensa atividade de construção no local. Estima-se que a base possa custar até US$ 400 milhões aos contribuintes do Texas até 2026, com planos de expansão para acomodar até 2.300 soldados, segundo a mesma publicação. No entanto, essa militarização da fronteira não está isenta de controvérsias.


Apesar das alegações do governador Greg Abbott de que a Operação Lone Star visa combater atividades de carteis e reduzir a migração não autorizada e o contrabando de drogas, não há evidências de que tenha impactado significativamente essas questões. Em contrapartida, o programa tem sido associado a incidentes que resultaram em feridos e mortes, incluindo perseguições de veículos em alta velocidade que o Human Rights Watch investigou.


Além disso, a Operação Lone Star tem sido criticada por violações dos direitos humanos, incluindo restrições à liberdade de expressão e associação de grupos que apoiam migrantes. Os residentes de Eagle Pass expressam crescente insatisfação com o programa, especialmente após incidentes trágicos, como afogamentos no Rio Grande.


A construção da base militar também gerou críticas dentro da comunidade, com líderes locais argumentando que os recursos poderiam ser melhor empregados em investimentos na educação e saúde da comunidade, em vez de uma abordagem militarizada para lidar com questões migratórias.


Em suma, em vez de continuar a investir recursos significativos na militarização das fronteiras, muitos defendem a necessidade de uma abordagem mais humanitária e centrada na comunidade para lidar com as questões migratórias, que respeite os direitos humanos e promova o desenvolvimento de comunidades fronteiriças resilientes.

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