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Um condado de Nova York redesenhará seu mapa de votação depois de ação judicial alegar marginalização dos moradores negros, latinos e asiáticos

Editores | 29/01/2025 15:24 | POLÍTICA E ECONOMIA
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O Condado de Nassau, em Nova York, decidiu redesenhar seu mapa de votação após um processo judicial alegar que as fronteiras políticas existentes prejudicavam o direito de voto de moradores “de cor”. Localizado nos subúrbios a leste do Queens, o condado se comprometeu a criar seis distritos eleitorais onde negros, latinos e asiáticos constituirão a maioria dos eleitores qualificados. Essa decisão surge em resposta a um mapa aprovado em 2023, no qual moradores eram maioria em apenas quatro dos 19 distritos do condado, apesar de representarem mais de um terço do eleitorado, segundo matéria da Associated Press.


A ação judicial, movida pela União pelas Liberdades Civis de Nova York e outros grupos, argumentou que o mapa de 2023 diluía o poder eleitoral das comunidades minoritárias ao dividi-las ou combiná-las com outras totalmente diferentes. Essa estratégia, segundo os autores do processo, dificultava a eleição de representantes que refletissem a diversidade do condado. Embora a população branca corresponda a cerca de 56% dos 1,4 milhões de habitantes do condado, ela domina quase 80% da legislatura local. Lisa Ortiz, uma das autoras do processo, destacou que o novo mapa representa um avanço em direção à justiça eleitoral, garantindo que as vozes das comunidades “de cor” sejam devidamente ouvidas, segundo a publicação.


O novo desenho dos distritos entrará em vigor nas eleições legislativas de novembro e permanecerá válido até o próximo censo, em 2030, quando os mapas serão novamente ajustados. O Partido Republicano do condado, que atualmente controla a legislatura, afirmou estar comprometido com distritos justos e competitivos. Joseph Cairo, presidente do Comitê Republicano do Condado de Nassau, expressou confiança na manutenção da maioria republicana, destacando que seus sucessos eleitorais refletem as prioridades dos moradores locais.


Esse caso é um dos vários processos movidos com base na Lei de Direitos de Voto deNova York, promulgada em 2022 como resposta a restrições ao voto aprovadas em estados liderados pelos republicanos após a eleição presidencial de 2020. A decisão no Condado de Nassau é vista como uma vitória significativa para grupos que lutam por maior equidade na representação política e pelo fortalecimento dos direitos de voto das minorias nos Estados Unidos.

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