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Política de Trump sobre imigração é reiniciada com a devolução de imigrantes requerentes de asilo ao México

Editores | 15/01/2022 22:46 | POLÍTICA E ECONOMIA
IMG JUSTIN SULLIVAN / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP

Na quarta-feira, dia 5 de janeiro, o governo dos Estados Unidos deu início à recondução de imigrantes mexicanos à cidade de Tijuana. O processo é um retorno ao programa de Donald Trump que obriga os requerentes de asilo a esperar no México por audiências judiciais nos EUA. Os dois países concordaram no mês passado em relançar o controverso esquema conhecido como Protocolos de Proteção aos Migrantes (Migrant Protection Protocols, MPP), de acordo com uma ordem judicial federal dos EUA, ou Remain In Mexico.

O “Fundo das Nações Unidas para a Infância”, UNICEF, informou, no início de dezembro passado, que se preocupa com a reimplementação do MPP na fronteira sul dos Estados Unidos com o México, pois pode “colocar em risco a segurança e o bem-estar das crianças requerentes de asilo e de suas famílias”. 

Alertou que “após a implementação inicial do MPP, em janeiro de 2019, mais de 70.000 requerentes de asilo foram forçados a retornar ao México até que os tribunais de imigração dos EUA pudessem resolver seus casos. As pessoas sujeitas ao MPP, incluindo muitas crianças e adolescentes, esperaram meses em abrigos e acampamentos improvisados no México sem acesso à moradia adequada, higiene, nutrição e serviços essenciais”. Acompanhe nossa análise de 08 de dezembro

Segundo publicação do “Voice of America” (VOA) “o programa foi retomado pela primeira vez em dezembro na travessia internacional que liga El Paso, Texas, a Ciudad Juarez, em Chihuahua. Mais de 200 pessoas foram devolvidas ao México até agora sob o relançamento do MPP, conforme a Organização Internacional de Migração (Organization of Migration, OIM) da ONU.

“A agência de refugiados das Nações Unidas e grupos de defesa criticaram o reinício da política da era Trump, alertando que os migrantes enfrentam o risco de sequestro, estupro e extorsão em perigosas cidades fronteiriças mexicanas. Segundo o programa original de 2019, cerca de 70.000 migrantes em busca de asilo foram forçados a esperar semanas e, às vezes, anos no México por uma audiência nos EUA, em vez de serem autorizados a aguardar suas audiências nos Estados Unidos”, ainda consoante a publicação.

A reintegração dos “Protocolos de Proteção aos Migrantes” foi ordenada por um juiz federal, apesar da tentativa de Biden de criar uma abordagem diferente e “mais humana” em relação à imigração desde que, assim que tomou posse como presidente dos Estados Unidos.

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