Em dezembro de 2024, o número de migrantes detidos na fronteira foi de aproximadamente 47.000, uma redução significativa em comparação ao pico de 250.000 durante o governo Biden, em dezembro de 2023, e também inferior aos números (71.000) do final do mandato anterior de Trump, em 2020. Essa queda foi atribuída a medidas mais rígidas de Joe Biden, cooperação internacional e programas de entrada legal, segundo publicação da Reuters.

As políticas de Biden, como o uso do aplicativo CBP One e novos caminhos legais para certos migrantes, contribuíram para essa estabilização. No entanto, Trump planeja desmantelar essas iniciativas, argumentando que elas extrapolam a autoridade executiva, e prometeu implementar medidas severas contra a imigração ilegal, incluindo deportações em massa e restrições mais rígidas.

Especialistas apontam que a abordagem de Biden resultou em uma "fronteira mais tranquila e estável" em anos, mas há receios de que a revogação dessas políticas por Trump, sem substituições eficazes, possa causar um aumento nos fluxos migratórios, ainda segundo a matéria. Muitos migrantes aguardam no México, com cerca de 280.000 utilizando diariamente o CBP One para tentar agendar pedidos de asilo.

Importante notar que há uma crescente pressão sobre países como México e Panamá para intensificarem a fiscalização migratória. Trump promete adotar uma postura mais combativa, incluindo a ameaça de tarifas de 25% sobre importações do México e Canadá caso esses países não colaborem no combate à imigração ilegal e ao tráfico de drogas.

Embora o governo Biden tenha demonstrado avanços no controle da imigração, a perspectiva de mudanças drásticas na abordagem de Trump levanta preocupações sobre possíveis retrocessos e desafios na gestão da fronteira.