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Reunião na Casa Branca resulta em comprometimento do México em investir US$ 1,5 bilhão em infraestrutura na fronteira com os EUA

Editores | 24/07/2022 14:44 | POLÍTICA E ECONOMIA
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A reunião entre os presidentes dos Estados Unidos e México na terça-feira, dia 12 de julho, resultou em um acordo de investimentos de US$ 1,5 bilhão em tecnologia por parte do governo mexicano, na fronteira entre os países. 
Em um comunicado conjunto divulgado pela Casa Branca, os dois líderes, Andrés Manuel López Obrador e Joe Biden disseram que financiariam um esforço conjunto de infraestrutura para melhorar a segurança e a eficiência na fronteira sul.  

O comunicado informou que a lei bipartidária de infraestrutura que Biden assinou no outono passado contribuiria com recursos para projetos de modernização em “infraestrutura de fronteira” nos próximos dois anos: “Fronteiras mais resilientes, mais eficientes e mais seguras melhorarão nosso comércio compartilhado. Estamos comprometidos como nunca em concluir um esforço conjunto de vários anos de modernização da infraestrutura fronteiriça EUA-México para projetos ao longo da fronteira de 2.000 milhas. O esforço conjunto busca alinhar prioridades, unir comunidades fronteiriças e tornar o fluxo de comércio e de pessoas mais seguro e eficiente. A Lei de Infraestrutura Bipartidária do presidente Biden inclui US$ 3,4 bilhões para realizar 26 grandes projetos de construção e modernização em portos terrestres de entrada na fronteira norte e sul. Esses projetos de modernização de portos terrestres criarão empregos locais bem remunerados, reforçarão a segurança e tornarão a economia mais resiliente aos desafios da cadeia de suprimentos – ao mesmo tempo em que servirão como modelos de sustentabilidade e inovação. O México se comprometeu a investir US$ 1,5 bilhão em infraestrutura de fronteira entre 2022 e 2024”.

Biden e López Obrador se reuniram no Salão Oval para discutir uma ampla gama de questões não limitadas apenas à imigração ou segurança nas fronteiras.  O presidente estadunidense, que resiste às constantes críticas ao seu governo devido ao aumento das travessias entre fronteiras, elogiou os esforços de López Obrador em perseguir criminosos das redes de tráfico de drogas e contrabando de pessoas.

“As trágicas mortes de migrantes nas mãos de traficantes de seres humanos em San Antonio fortalecem ainda mais nossa determinação de perseguir a indústria multibilionária do contrabando criminal que ataca os migrantes e aumentar nossos esforços para lidar com as causas da migração. Os Departamentos de Justiça e Segurança Interna e a Procuradoria Geral do México se coordenaram para prender e processar aqueles que colocam em risco a vida de migrantes vulneráveis, inclusive por meio do trabalho da Força-Tarefa Conjunta Alpha e seus parceiros mexicanos. [...] Para esse esforço, implantamos 1.300 funcionários adicionais, realizamos 20.000 operações de interrupção e fizemos mais de 3.000 prisões, todas desde abril”. 

O comunicado também fez referência à concordância dos dois líderes em aperfeiçoar as cadeias de suprimentos, “se concentrando no fortalecimento de mecanismos para criar corredores mais seguros e eficientes para o comércio, promovendo um ambiente que incentive o investimento para ajudar a gerar mais e melhores empregos para nossos povos em ambos os países”; em abordar as mudanças climáticas concentrando os esforços de desenvolvimento “em soluções climáticas e no desenvolvimento do sul do México, com seu vasto potencial humano e importantes oportunidades de comércio, conservação e energia limpa”; e em aliviar a inflação “acelerando a facilitação do comércio bilateral e reduzindo os custos do comércio”. O “Acordo Estados Unidos-México-Canadá aumenta o livre fluxo de mercadorias sem barreiras, o que promove a inovação que aumenta a produtividade e aumenta a resiliência, ajudando os dois países a combater a inflação e apoiar as famílias”, afirma ainda o comunicado.

Segundo publicação do The Hill, “os dois líderes pareciam ter uma reunião amigável na terça-feira, apesar de López Obrador às vezes criticar publicamente os EUA. López Obrador também se encontrou separadamente com o vice-presidente Harris, que lidera os esforços dos EUA para lidar com as causas da migração”. 

As reuniões aconteceram cerca de um mês depois que López Obrador boicotou a “Cúpula das Américas” sediada pelos Estados Unidos depois que Cuba, Nicarágua e Venezuela não foram convidados.  

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