Rua Hygino Muzy Filho, 737, MARÍLIA - SP contato@latinoobservatory.org
IMG-LOGO
Início / Notícias

Notícias

Latinos de São Francisco são afetados de forma desproporcional pela varíola dos macacos

Editores | 06/08/2022 18:52 | CULTURA E SOCIEDADE

Autoridades de saúde em São Francisco, Califórnia, estão aumentando a conscientização sobre o número crescente de casos de varíola, especialmente entre a população latina. A cidade está recomendando que os membros desta comunidade se protejam em meio a um suprimento limitado de doses de vacina.

Os latinos respondem por quase 30% de todos os casos na cidade, embora representem 15% da população, de acordo com o Departamento de Saúde Pública de São Francisco que alerta ainda, que há mais casos subnotificados.

Segundo publicação da NBC News, a cidade de São Francisco registrou 215 casos apenas na segunda-feira, 25 de julho: “A Califórnia registrou 356 casos, mostram dados recentes dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças. Cerca de 3.500 casos foram contabilizados em todo o país. [...] O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA prevê a disponibilidade de 1,9 milhão de doses este ano e mais 2,2 milhões durante o primeiro semestre de 2023”.

A Organização Mundial da Saúde declarou o surto de varíola dos macacos uma emergência de saúde global no fim do mês de julho. Ainda segundo a NBC, a escassez de vacinas nos EUA tem sido associada a problemas na cadeia de suprimentos. 

Em São Francisco, devido à oferta limitada, os membros da comunidade LGBTQ, que estão em maior risco, e as pessoas expostas ao vírus nos últimos 14 dias, tiveram prioridade nas doses da vacina.

“De acordo com os dados da cidade, membros da comunidade LGBTQ foram responsáveis por 88,7% dos casos da cidade, e 97,7% dos afetados eram do sexo masculino. No entanto, [...] a varíola pode afetar qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual”, como pontuados pela publicação.

Noel Sanchez, porta-voz do Departamento de Saúde Pública disse à NBC: “Não queremos que nossa comunidade seja estigmatizada. Queremos ter certeza de que isso não é rotulado como uma doença que afeta a comunidade X, Y ou Z. Vivemos isso com HIV e AIDS”.

Pesquise uma notícia: