O texto da colaboradora de opinião do The Hill, Miriam Gray, discute a questão dos eleitores negros e latinos que estão ausentes ou com informações incorretas nos bancos de dados de eleitores nos Estados Unidos. Segundo um estudo recente da Universidade de Stanford, cerca de 24,76 milhões de negros e latinos estão nessa situação, o que os torna inacessíveis. Em contraste, apenas 18% dos brancos estão ausentes ou com informações incorretas nos bancos de dados.
A autora argumenta que encontrar esses eleitores desaparecidos pode determinar o resultado das eleições de 2024, citando como exemplo a vitória de Joe Biden em estados decisivos por margens muito estreitas em 2020. Ela explica que os fornecedores de dados de eleitores complementam as listas governamentais com informações demográficas e de consumo, mas essa prática perpetua a exclusão cívica, pois os eleitores ausentes nos bancos de dados não são contatados sobre as eleições.
Além disso, dados incorretos distorcem os algoritmos de pontuação de propensão ao voto, o que faz com que as campanhas não entrem em contato com os eleitores categorizados como improváveis de votar. Gray também destaca o viés humano presente na criação desses bancos de dados, citando um exemplo em que uma empresa afirmou poder prever a raça de uma pessoa apenas com base em seu nome e endereço.
O texto menciona duas abordagens alternativas utilizadas por organizações para encontrar os eleitores ausentes nos bancos de dados. A primeira envolve a complementação dos bancos de dados com a ajuda de voluntários que adicionam informações de contato de amigos e familiares. A segunda, como já faz a organização “New Georgia Project”, a abordagem consiste em abandonar os cortes arbitrários de pontuação de “propensão” a votos e focar em eleitores com “alta oportunidade de engajamento cívico”, os quais se tornarão civicamente ativos se as pessoas investirem neles.
O texto argumenta que não deve ser responsabilidade apenas de organizações sem fins lucrativos corrigir os bancos de dados de eleitores, enquanto as campanhas tradicionais os ignoram. A autora faz apelos aos fornecedores de dados políticos, pessoas que trabalham em campanhas, doadores e campanhas políticas, e fontes originais de informações do eleitor para adotarem uma postura mais ativa na criação de uma democracia inclusiva e transparente.
Em suma, o texto aborda a exclusão de eleitores negros e latinos nos bancos de dados de eleitores dos EUA, ressaltando a importância de encontrar esses eleitores ausentes para garantir uma democracia verdadeiramente representativa. Destaca a necessidade de transparência por parte dos fornecedores de dados políticos e pede ações por parte das campanhas políticas, doadores e fontes de informações do eleitor para corrigir essa desigualdade.