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Governo dos EUA procura melhorar o acesso à saúde mental entre os latinos, mas as barreiras persistem

Editores | 27/08/2023 12:19 | POLÍTICA E ECONOMIA
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Um artigo publicado pelo Latino Rebels apresenta a história de Ismael Cordová-Clough, um jovem imigrante mexicano criado nos subúrbios de Chicago, que compartilha suas experiências pessoais em relação à saúde mental e acessibilidade aos cuidados psicológicos nos Estados Unidos, especialmente entre a comunidade latina. Cordová-Clough, coordenador de extensão comunitária em um centro de saúde qualificado pelo governo federal, fala abertamente sobre suas lutas emocionais e a jornada para superá-las.


Ele cresceu em um ambiente onde suas emoções e sensibilidade eram consideradas fraquezas, o que resultou em uma desconexão com sua própria saúde mental. Aos 12 anos, ele foi declarado gay por um membro da igreja, o que o alienou ainda mais de sua família e o levou a recorrer à automutilação como forma de lidar com o sofrimento emocional. Após uma tentativa de suicídio, finalmente obteve atendimento psiquiátrico abrangente.


O artigo destaca as barreiras persistentes que os latinos enfrentam ao acessar os serviços de saúde mental nos Estados Unidos. As estatísticas mostram que uma porcentagem significativamente menor de latinos procura tratamento em comparação com outros grupos étnicos. Além disso, a pandemia do COVID-19 e outras circunstâncias resultaram em níveis elevados de ansiedade e depressão na comunidade latina.


“Apenas 36,1% dos latinos com doenças mentais receberam tratamento em 2021, em comparação com 52,4% dos adultos brancos e 39,4% dos adultos negros, de acordo com a última Pesquisa Nacional sobre Uso deDrogas e Saúde do Departamento de Saúde e Serviços Humanos”.


A falta de representação latina na área de saúde mental e o estigma cultural associado à busca de ajuda são fatores que contribuem para essa disparidade. Para combater essa questão, esforços estão sendo feitos para aumentar a representação latina nos cuidados psicológicos e tornar os serviços mais culturalmente sensíveis.


O artigo também aborda as medidas políticas recentes para melhorar o acesso aos serviços de saúde mental, incluindo propostas para pressionar as seguradoras a ampliar a cobertura de saúde comportamental e iniciativas educacionais para conscientizar e eliminar o estigma em torno da saúde mental.


“O projeto de lei apresentado pelos senadores Padilla e Menendez no final de julho, a Lei de Saúde Mental para Latinos, visa incentivar a participação latina em serviços de saúde comportamental por meio de campanhas educativas e de divulgação nos níveis federal e comunitário. Os legisladores esperam que a medida possa ser incorporada a um pacote mais amplo de saúde mental aprovado pela Câmara dos Deputados em 2021”, informou a NBCNews no mês passado”.


A dificuldade financeira também é apontada como um obstáculo para o acesso aos cuidados de saúde mental, com altos custos e lacunas de cobertura em muitos planos de seguro. O governo Biden está trabalhando para melhorar a paridade entre a cobertura de saúde física e mental, mas há um reconhecimento de que mudanças significativas são necessárias para tornar os cuidados acessíveis a todos.


Ismael Cordová-Clough conclui incentivando os jovens a buscarem ajuda e a compartilharem suas lutas mentais, enfatizando que há sempre um caminho para a recuperação e a felicidade. Sua história serve como um exemplo de resiliência e perseverança diante dos desafios da saúde mental.

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