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A diversidade mexicana promovida por meio da arte digital

Editores | 03/09/2023 19:12 | CULTURA E SOCIEDADE
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Maria Arevalo, graduada em Design Industrial, e Cesar Guadarrama, formado em Sistemas de Computação pelo campus Toluca do Tec de Monterrey, uniram suas paixões e habilidades para criar “They Xolo”, uma coleção de arte NFT com um propósito mais profundo. Nesta empreitada, Maria é a talentosa artista digital e César o mestre tecnológico por trás de todo o processo. Juntos, eles compartilharam a origem do projeto tendo o “Xoloitzcuintle” como protagonista de sua narrativa.


O projeto “They Xolo” começou com um desejo latente de César em se aventurar no mundo dos NFTs, um desejo que ele acalentava desde 2020, mas não ousava perseguir, em parte devido à sua falta de compreensão sobre o assunto e à estranheza que o conceito lhe inspirava. A pandemia de 2020 não proporcionou a inspiração necessária para explorar algo novo, mas tudo mudou em 2021 quando um conhecido o convidou para criar uma coleção para um festival em Los Angeles. Nesse momento, a proposta de um cachorro com roupas e outros elementos criativos ganhou vida, e o entusiasmo foi palpável.


Maria Arevalo, por sua vez, embarcou em uma jornada de pesquisa ao mesmo tempo em que César desenvolvia a coleção. Planejavam visitar a Califórnia, e essa viagem coincidiu com a oportunidade de exibir sua obra em Santa Mônica, onde os participantes da exposição poderiam escanear um código e garantir um NFT “They Xolo”. O projeto começou a ganhar forma quando amigos próximos de Maria, Victor e Caroline, se juntaram à empreitada.


Para compreender a essência dos NFTs, Maria explicou que eles funcionam como certificados digitais de propriedade emitidos diretamente pelo artista. A singularidade é um dos aspectos fundamentais dessas obras digitais, já que não há duas partes idênticas, o que difere da arte tradicional com suas réplicas. A criação de um Xolo andrógino, além de ser uma expressão de liberdade criativa, visa desafiar as normas de gênero presentes em muitos NFTs, que frequentemente retratam personagens masculinos e femininos de forma estereotipada.


A escolha de incorporar trajes mexicanos e a diversidade de cores da pele no Xolo representa um compromisso com a cultura e a inclusão. Maria explorou elementos da cultura pré-hispânica para criar joias autênticas para o personagem. A escolha de nomes para os Xolos, como chicharrón, abacate, Jamaica, e sobrenomes como Metepec, Oaxaca, Zacatecas e Uxmal, adiciona uma camada adicional de significado e identidade.


Os criadores também compartilharam que a coleção “They Xolo” apresenta personagens especiais com roupas distintas, olhos únicos e até mesmo personagens andróginos. Essa diversidade de representações reflete a riqueza da cultura e das tradições mexicanas. Além disso, os elementos como escarificações e uma caveira com ossos cruzados, simbolizam uma dualidade entre os cães que acompanham as pessoas, tanto em vida quanto na morte, destacando o papel que esses animais desempenham na passagem para o Mictlán.


Finalmente, os criadores estão ansiosos para lançar sua coleção “They Xolo” em uma venda pública, conhecida como “Mint”, a partir de 1º de novembro, por meio de seu site. Esse evento permitirá que qualquer pessoa interessada adquira um NFT “They Xolo” e faça parte desta emocionante jornada de arte digital que celebra a diversidade, a cultura e o significado em um mundo digital em constante evolução.

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