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Há um aumento dos crimes de ódio nos EUA, incluindo aqueles contra os latinos

Editores | 15/11/2023 13:10 | CULTURA E SOCIEDADE
IMG ruperto miller from ´panama, panama

Uma publicação recente da NBC News destaca o aumento dos crimes de ódio imputados contra a comunidade latina dos Estados Unidos a partir do relato de Deborah Anchondo, uma mulher de El Paso, Texas, que continua a sofrer as consequências emocionais do trágico tiroteio racista que ocorreu em um shopping center Walmart, em agosto de 2019. No atentado, seu irmão André e cunhada Jordan Anchondo, foram mortos a tiros enquanto protegiam seu filho de apenas 2 anos. Deborah destaca a dor duradoura que a família Anchondo enfrenta desde o ataque que resultou em 23 mortes e mais de duas dúzias de feridos.


Uma investigação do Centro para o Estudo do Ódio e do Extremismo da Universidade Estadual da Califórnia, revela um aumento médio de 22% em crimes de ódio denunciados nas 10 maiores cidades dos Estados Unidos em 2022. Los Angeles registrou o maior número de crimes de ódio no país, incluindo ataques contra negros, LGBTQIA+, judeus e latinos.


A análise destaca que os crimes de ódio antilatinos aumentaram 2,8% em 2022, após um aumento significativo de 41% em 2021. O texto observa que diferentes grupos nos EUA estão envolvidos em teorias da conspiração, algumas das quais são antilatinas. Além disso, destaca-se que a retórica anti-imigrante e preconceituosa de alguns políticos pode contribuir para esses incidentes.


O responsável pelo tiroteio em El Paso, Patrick Crusius, foi condenado a 90 penas de prisão perpétua, em julho de 2022. Deborah Anchondo compartilha a devastação emocional que o incidente causou à sua família, mencionando que seu pai também faleceu em 2021 devido à dor e sofrimento causados pela perda do filho.


Os dados do FBI revelam um aumento de 47% nos crimes de ódio nos EUA de 2019 a 2022, com motivações raciais e religiosas predominantes. O texto publicado pela NBC destaca que muitas vítimas podem não denunciar esses crimes, especialmente devido a preocupações com documentação legal de imigração.


O relato também destaca a importância da história latina nas escolas públicas e na narrativa americana, citando o deputado Joaquín Castro, que expressa preocupação com o aumento dos crimes de ódio contra os latinos no Texas.


Deborah Anchondo que, apesar da devastação, afirma ter perdoado o assassino do seu irmão e disse não acreditar na pena de morte. Ela enfatiza o desejo de seguir em frente e fazer o sobrinho, Paul, feliz, destacando o impacto duradouro que esses eventos têm nas vidas das pessoas e na sociedade como um todo.

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