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Um latino preside pela primeira vez o evento artístico mais importante do mundo

Editores | 13/02/2024 16:17 | CULTURA E SOCIEDADE
IMG Fotot: TWITTER/X

A 60ª Exposição Internacional de Arte da Bienal de Veneza, considerada a exposição de arte internacional mais proeminente do mundo, alcançará um marco histórico em 2024 ao ser dirigida por um latino pela primeira vez em sua longa trajetória.


O curador brasileiro Adriano Pedrosa, atual diretor do Museu de Arte de São Paulo (MASP), terá a responsabilidade de liderar a exposição principal desta edição, intitulada “Foreigners Everywhere” (“Estrangeiros por toda parte”).


Pedrosa é reconhecido por sua série de exposições no MASP chamada “Histórias”, que investiga diversos temas, como “Histórias Afro-Atlânticas” (2018), concentrando-se na diáspora africana e no legado do comércio transatlântico de escravos, e “Histórias Brasileiras” (2022), explorando as narrativas do Brasil.


Segundo matéria da Latin Times, para Pedrosa, ser o primeiro curador latino-americano e do Hemisfério Sul a dirigir a bienal mais antiga e prestigiada do mundo é tanto um privilégio quanto um desafio, como ele expressou em sua conta no Instagram. Sua nomeação pelo presidente da Bienal de Veneza, Roberto Cicutto, visa trazer uma perspectiva singular sobre a arte contemporânea, reinterpretando diferentes culturas de forma inovadora.


O título da 60ª Exposição Internacional de Arte da Bienal de Veneza, “Estrangeiros por toda parte”, ainda segundo a publicação, é inspirado em uma série de trabalhos iniciados em 2004 pelo coletivo “Claire Fontaine”, originário de Paris e estabelecido em Palermo. As obras consistem em esculturas de neon em várias cores, traduzindo a frase “Estrangeiros em toda parte” para um número crescente de idiomas. Esta expressão, por sua vez, deriva do nome de um coletivo de Turim que lutou contra o racismo e a xenofobia na Itália nos anos 2000.


A exposição será dividida em dois segmentos: o “Núcleo Contemporâneo” e o “Núcleo Histórico”. O primeiro abordará temas como artistas queer, outsiders e indígenas, explorando suas experiências de marginalização e resistência. O segundo segmento apresentará obras do século XX da América Latina, África, Oriente Médio e Ásia, visando revelar os modernismos do Sul Global, frequentemente negligenciados nos discursos tradicionais sobre arte.


A Bienal de Veneza 2024 promete ser uma plataforma diversificada e inovadora, liderada por um curador latino-americano que busca ampliar os horizontes da arte contemporânea, desafiando fronteiras culturais e celebrando a diversidade.

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