No início deste mês, três senadores divulgaram um acordo bipartidário de imigração com a Casa Branca que daria ao presidente amplos poderes para reprimir passagens ilegais de fronteira, incluindo a autoridade para recusar migrantes sem permitir que eles solicitem asilo.
Durante meses de negociações, o senador republicano James Lankford, o democrata Chris Murphy e a independente Kyrsten Sinema, juntamente com altos funcionários do governo Biden, trabalharam no acordo. O objetivo principal seria de reformar a política de fronteira dos Estados Unidos, restringindo o acesso ao sistema de asilo durante períodos de aumento na imigração ilegal. Isso seria alcançado tornando mais difícil para os migrantes passarem nos exames iniciais de asilo e aumentando as deportações daqueles considerados inelegíveis para o Refúgio dos Estados Unidos. No entanto, o acordo preservaria o processamento de asilo nas passagens oficiais da fronteira e permitiria que os migrantes que passassem nas entrevistas de asilo trabalhassem legalmente nos Estados Unidos.
Um elemento crucial do acordo era a sua relação com a ajuda militar à Ucrânia. Legisladores republicanos exigiram restrições à lei de asilo dos Estados Unidos em troca de apoiar mais ajuda militar à Ucrânia. Se o acordo fosse aprovado, representaria a primeira grande atualização do sistema de imigração dos Estados Unidos desde a década de 1990, marcando um marco significativo no desenvolvimento da política de imigração do país, segundo publicou a CBS News.
Inicialmente, o apoio à legislação, que incluía um acordo bipartidário sobre segurança fronteiriça, foi insuficiente devido à oposição republicana. No entanto, após uma votação processual na quinta-feira (08), o Senado avançou para debater o projeto de lei de ajuda externa com uma margem de votos favoráveis (67 votos a favor e 32 contra), segundo outra matéria da CBS News.
O pacote de financiamento suplementar visa fornecer assistência significativa aos aliados dos Estados Unidos, como Ucrânia e Israel, e sua consideração ocorre meses após a solicitação inicial da Casa Branca. Houve uma disputa em torno da ligação entre o pacote de ajuda externa e medidas de segurança fronteiriça, com republicanos inicialmente insistindo nessa conexão. No entanto, o partido mudou de posição após a oposição do ex-presidente Donald Trump a um acordo de segurança fronteiriça alcançado pelos negociadores do Senado.
O impasse continuou quando alguns membros republicanos procuraram adicionar disposições de segurança fronteiriça de volta à legislação. Mesmo o senador Lindsey Graham, conhecido por seu apoio à ajuda à Ucrânia, votou contra o avanço do projeto de lei de ajuda externa, expressando preocupações com a proteção da fronteira sul dos Estados Unidos.
Com o Senado se aproximando de um recesso planejado, discutiu-se sobre a possibilidade de permanecer em seção para resolver a questão da ajuda externa. Votações adicionais, incluindo emendas, são esperadas antes que a medida seja enviada à Câmara dos Deputados para avaliação.
O líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, enfatizou a importância do projeto de lei para a segurança nacional e para ajudar os aliados dos Estados Unidos. Ele expressou determinação em continuar trabalhando no projeto de lei até sua conclusão e espera chegar a um acordo com os republicanos sobre as emendas necessárias, ainda segundo a CBS News.
No entanto, permanece incerto se a Câmara dos
Deputados considerará o pacote de ajuda externa, com o presidente da Câmara,
Mike Johnson, adotando uma postura cautelosa e aguardando os desenvolvimentos
no Senado antes de tomar medidas.