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Os republicanos da Câmara votaram pelo impeachment do secretário de Segurança Interna dos EUA

Editores | 21/02/2024 17:57 | POLÍTICA E ECONOMIA
IMG Foto: U.S. Department of Homeland Security (DHS)

A votação da Câmara para o impeachment do secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, ganhou força e demarcou as divisões políticas e as implicações que cercam a decisão. Conduzida principalmente pelos republicanos da Câmara, a votação foi aprovada por pouco na terça-feira (13), uma semana depois da primeira tentativa falhar, marcando um evento raro, já que a Câmara não tinha impeachment de um secretário de Gabinete há quase 150 anos.


Os republicanos acusam Mayorkas de permitir deliberadamente a escalada da crise na fronteira sul, enquadrando-a como uma questão de ilegalidade. No entanto, os democratas e alguns legisladores republicanos argumentam que estas alegações resultam de divergências políticas, e não do cumprimento do limite constitucional para o impeachment. Os críticos temem que o impeachment de Mayorkas possa abrir um precedente de politização de futuros processos de impeachment, segundo publicou o USAToday.


O Departamento de Segurança Interna condenou o processo rotulando-o como infundado e com motivação política. Apesar da votação na Câmara, o papel do Senado na realização de um julgamento permanece incerto, com o líder da maioria, Chuck Schumer, a criticar o pedido de impeachment como uma “farsa”. Além disso, o presidente Joe Biden criticou os republicanos da Câmara por priorizarem o impeachment de Mayorkas em detrimento dos esforços bipartidários para resolver questões de fronteira. No entanto, a probabilidade de Mayorkas ser destituído do cargo parece baixa, dado o controlo democrata do Senado e o ceticismo de alguns senadores republicanos, ainda de acordo com o USA Today.


De acordo com a matéria do Politico três republicanos desertaram no esforço de impeachment: os deputados Mike Gallagher (R-Wis.), Ken Buck (R-Colorado) e Tom McClintock (R-Califórnia), que também votaram “não” na semana passada. Mas os líderes do Partido Republicano conseguiram reviver os artigos contra Mayorkas com o retorno do líder da maioria Steve Scalise (R-La.) após tratamento para câncer no sangue.

Ainda segundo a matéria, “a votação ocorreu no mesmo dia em que os republicanos tentavam manter a cadeira do deputado expulso George Santos. Se os democratas mudassem a cadeira, isso provavelmente colocaria o impeachment de Mayorkas fora de alcance até eleições especiais no final deste ano”.


A natureza controversa do impeachment contra Mayorkas, reflete divisões partidárias mais amplas e as incertezas em torno do futuro da política fronteiriça e do processo de impeachment nos Estados Unidos.

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