No início do mês, o Departamento de Segurança Interna (DHS) dos Estados Unidos realizou esforços no sentido de testar inteligência artificial (IA) para treinar oficiais que analisam requerentes pelo status de refugiado. O secretário Alejandro Mayorkas explicou que a IA foi incorporada nos treinos para simular comportamentos e características dos candidatos a refugiados, no intuito de auxiliar os agentes a praticar entrevistas de forma mais eficaz.
Mayorkas observou que muitos requerentes de refúgio são relutantes em descrever o trauma que sofreram, e a IA foi instruída a imitar essa relutância, além de outras características dos candidatos, segundo a matéria da Reuters.
As observações, feitas à margem da Conferência RSA focada na segurança, em São Francisco, detalham as iniciativas de IA que o DHS anunciou no início deste ano. O departamento disse que planeja desenvolver um aplicativo interativo para complementar o treinamento de oficiais de imigração, recorrendo à chamada IA generativa, que cria conteúdo novo com base em dados anteriores.
Segundo informações da administração do DHS, a IA não tomará decisões de imigração por conta própria, mas servirá como uma ferramenta para ajudar os oficiais a tomarem decisões mais precisas, fornecendo informações sobre condições específicas de países e outras informações relevantes.
Além disso, estão em andamento outros testes de
IA no governo e na indústria, com destaque para os objetivos de redução de
custos e melhoria do desempenho por meio dessa tecnologia. Mayorkas também
mencionou o uso avançado de IA pelo DHS na detecção de anomalias em veículos
que cruzam a fronteira, visando interromper tentativas de contrabando de
substâncias como fentanil e outros contrabandos para os Estados Unidos.