Julio Frenk, especialista em saúde pública e presidente da Universidade de Miami, foi nomeado o próximo reitor da Universidade da Califórnia (UCLA), conforme anunciado pelo Conselho de Regentesda Universidade da Califórnia.
Frenk será o primeiro latino a liderar a universidade, onde 21% dos alunos de graduação e 13% dos alunos de pós-graduação são latinos/hispânicos. Frenk se descreveu como um “construtor de fronteiras e de pontes” e ressaltou a importância da diversidade no fortalecimento das instituições de ensino superior. Nascido no México, Frenk formou-se em medicina pela Universidade Nacional Autônoma do México e foi secretário de saúde do México, onde promoveu reformas significativas no sistema de saúde pública, incluindo a implementação de cuidados de saúde universais e a expansão do acesso à contracepção e ao planejamento familiar.
Ele também atuou em posições de liderança na Fundação Bill e Melinda Gates, na Organização Mundial da Saúde e na Escola de Saúde Pública TH Chan de Harvard. Frenk assumiu a presidência da Universidade de Miami em 2015, sendo o primeiro latino a ocupar essa posição. Em uma entrevista após sua nomeação, Frenk enfatizou seu compromisso com a diversidade e inclusão, mencionando a influência de sua própria experiência como filho de um judeu que fugiu da perseguição na Alemanha nazista e encontrou acolhimento no México.
A Universidade de Miami anunciou que Frenk tirará um período sabático enquanto se prepara para assumir seu novo cargo. Joe Echevarria, atual diretor executivo e também hispânico, será o presidente interino da universidade. Frenk assumirá o cargo na UCLA em janeiro, sucedendo Gene Block, e será temporariamente substituído por Darnell Hunt como chanceler interino após a renúncia de Block em julho, segundo a matéria da NBC.
Block elogiou Frenk como um pensador
excepcional, um administrador habilidoso e um acadêmico brilhante. A UCLA
recentemente ganhou destaque nacional após protestos contra a guerra
Israel-Hamas se tornarem violentos, resultando em centenas de prisões. Mais
prisões ocorreram esta semana devido à desocupação de um acampamento no campuspela polícia.