O primeiro debate presidencial das eleições gerais de 2024 gerou ansiedade entre alguns democratas ao mostrar um Joe Biden frágil e instável enfrentando o provável candidato republicano Donald Trump. Apesar da energia de Trump, suas retóricas sobre imigração enfrentam resistência dos defensores dos direitos dos latinos. Organizações como Mi Familia Vota, America’s Voice e Voto Latino divulgaram uma declaração conjunta desmentindo algumas alegações de Trump, como a afirmação de que migrantes sem documentos de prisões e instituições mentais estão sendo “despejados” nos Estados Unidos para cometer crimes, o que é refutado por vários estudos.
A declaração enfatiza que usar atos criminosos isolados para manchar comunidades inteiras é uma estratégia cínica para incitar medo e divisão, o que coloca vidas em risco. As organizações criticaram Biden por não checar os fatos e por não se afastar da retórica desumanizante durante o debate, mencionando que essa abordagem pode ter consequências reais, como os crimes de ódio em Pittsburgh, El Paso e Buffalo.
Outras organizações também expressaram preocupações semelhantes, destacando a necessidade de evitar generalizações que apresentem as comunidades de imigrantes como perigosas. Biden também foi criticado por não mencionar ações recentes de sua administração relacionadas à imigração, como a ordem executiva que proíbe imigrantes ilegais de receber asilo.
Stephen Nuño, da Northern Arizona University, segundo a matéria do Latin Times, observou que os democratas têm dificuldade em superar a retórica de Trump sobre imigração, destacando a complexidade de refutar declarações que são consideradas irracionais e infundadas.
As
organizações de defesa dos latinos incentivaram a campanha de Biden e os
eleitores a se concentrarem nos fatos, ressaltando que os crimes violentos
diminuíram desde que Trump deixou o cargo e que os imigrantes estão associados
à redução da criminalidade. Elas concluem que soluções efetivas para a
criminalidade e a reforma da imigração seriam mais facilmente alcançadas com a
colaboração bipartidária, em vez da divisão política.