A atual situação política nos Estados Unidos mudou após a desistência do presidente Joe Biden de concorrer à reeleição, o que posicionou Kamala Harris como a provável candidata democrata à presidência. Uma pesquisa recente do New York Times/Siena College, realizada logo após o anúncio de Biden, indica que a disputa entre Harris e o ex-presidente Donald Trump está extremamente acirrada, com Trump liderando por uma margem de apenas 1% (48% a 47%).
A pesquisa revela que o Partido Democrata está amplamente unido em torno de Harris, com 70% dos eleitores democratas desejando que o partido se consolide rapidamente atrás dela, em vez de prolongar o processo de escolha do candidato. Esse apoio massivo reflete uma preferência por evitar divisões internas em um momento crítico, segundo matéria do LatinTimes.
Em termos de apoio demográfico, Harris conseguiu recuperar terreno significativo entre eleitores latinos, um grupo que anteriormente havia mostrado uma inclinação maior para Trump. Na pesquisa atual, 60% dos eleitores hispânicos declararam apoio a Harris, em comparação com 36% para Trump, representando uma virada significativa em favor dos democratas. Esse aumento no apoio é notável, considerando que pesquisas anteriores mostravam uma divisão mais equilibrada entre os dois candidatos neste grupo.
Outros dados demográficos indicam que Harris ainda enfrenta desafios entre eleitores brancos, dos quais 55% preferem Trump, e entre eleitores negros, onde Harris mantém uma liderança sólida com 72% de apoio. Além disso, Harris também lidera entre eleitores jovens, aqueles com menos de 45 anos, com uma vantagem de 10 pontos percentuais sobre Trump.
A favorabilidade de Harris entre hispânicos também é significativamente superior à de Trump, com 66% dos entrevistados hispânicos tendo uma visão favorável dela, em contraste com apenas 36% que têm uma opinião positiva de Trump.
Apesar da vantagem de Harris em alguns grupos demográficos, a pesquisa não esclarece completamente o impacto que sua candidatura terá em estados cruciais para a vitória eleitoral, os chamados “swing states”. Esse fator será determinante para o resultado da eleição.
Com a Convenção Nacional Democrata se aproximando, espera-se que Harris seja formalmente nomeada como a candidata do partido, com apoio suficiente do público e de delegados. A substituição de Harris por outro candidato seria vista como um revés significativo para os democratas, que estão ansiosos para manter a continuidade das políticas de Biden, conforme enfatizado por apoiadores como Michael Newman, ainda segundo o Latin Times.