O governo Biden iniciou a reabertura de um programa de patrocínio de migrantes, suspenso no início de 2023 devido a preocupações com fraude. O programa, iniciado no final de 2022 e expandido em 2023, visava desviar migrantes da fronteira EUA-México, permitindo que até 30 mil pessoas de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela pudessem voar para os EUA mensalmente, desde que patrocinadores estadunidenses se inscrevessem para apoiá-los. Esse programa, junto com uma política do México para aceitar de volta cidadãos desses países que cruzarem ilegalmente a fronteira, reduziu significativamente as travessias consideradas ilegais.
Em julho de 2023, o programa foi pausado devido a preocupações com fraudes nas inscrições de patrocinadores. Agora, o Departamento de Segurança Interna (DHS) retomou a iniciativa com novas medidas de segurança, como a exigência de impressões digitais e uma triagem mais rigorosa dos registros financeiros e criminais dos patrocinadores. Além disso, patrocinadores recorrentes serão observados mais de perto para evitar abusos no sistema, segundo a CBS News.
A política de patrocínio, conhecida como CHNV (referente às iniciais dos quatro países envolvidos), faz parte da estratégia do governo Biden para reduzir a imigração ilegal. Sob essa política, mais de 500 mil migrantes já chegaram aos EUA. A administração Biden também criou outros caminhos legais para entrada nos EUA, como um aplicativo que facilita o agendamento para aqueles que esperam no México. Ao mesmo tempo, aumentou as penalidades para quem cruza a fronteira ilegalmente, e limitou o acesso ao sistema de asilo entre pontos de entrada oficiais.
O governo Biden justifica o programa CHNV com
base em razões humanitárias, devido às crises econômicas e políticas nesses
países, e alega que a iniciativa serve ao interesse público ao reduzir a
imigração ilegal, oferecendo alternativas legais. No entanto, o programa
enfrentou oposição de estados liderados por republicanos, que o consideram
ilegal, argumentando que ele contorna os limites impostos pelo Congresso à
imigração. Contudo, um juiz federal no Texas rejeitou essa contestação legal,
afirmando que os estados não demonstraram prejuízos causados pela política.