Uma edição especial do Americas Migration Brief, feita em colaboração com o artista e pesquisador Fernando Garlin Politis, explorou as complexidades das políticas de migração e fronteira dos EUA, com foco no programa de liberdade condicional humanitária do CHNV (Cuba, Haiti, Nicarágua, Venezuela). O programa, que completou dois anos para os venezuelanos em outubro de 2024, oferece proteção a migrantes desses países, mas enfrenta desafios relacionados à acessibilidade para os mais vulneráveis.

Apesar de ser considerado um sucesso, o programa teve uma pausa temporária devido a alegações de fraude entre patrocinadores, mas foi retomado pela administração Biden. Ainda assim, o futuro do CHNV está incerto, especialmente devido à possível vitória de Donald Trump nas próximas eleições, o que provavelmente resultaria no fechamento do programa. Por outro lado, se Kamala Harris vencer, o programa continuaria, mas ainda há dúvidas sobre como seria estruturado.

Alguns beneficiários do CHNV encontram proteção extra por meio de outros mecanismos, como o TPS (Status de Proteção Temporária) ou a Lei de Ajuste Cubano. No entanto, a incerteza política e as questões legais podem deixar muitos migrantes em situação de limbo nos próximos meses, especialmente após o anúncio de que o status de permanência de alguns participantes não será renovado após o prazo de dois anos, segundo a edição.

A história em quadrinhos associada ilustra os obstáculos enfrentados por migrantes ao tentar acessar o programa CHNV e destaca a importância da recente decisão do governo Biden de aceitar passaportes venezuelanos expirados por até 10 anos, o que amplia o acesso ao programa. A narrativa enfatiza a importância de canais de migração seguros e regulares, especialmente em um momento de aumento de desinformação e estereótipos.