Apesar de declarações controversas de apoiadores de Trump e sua retórica anti-imigrante, Trump aumentou seu apoio entre eleitores latinos, passando de 32% em 2020 para 45% em 2024, enquanto os democratas sofreram uma queda significativa nessa base. Em 2016, Hillary Clinton conquistou o voto latino por 38 pontos percentuais, e Joe Biden manteve uma margem de 33 pontos em 2020, mas este ano, a vice-presidente Kamala Harris teve apenas oito pontos percentuais de vantagem.
A estratégia de Trump para 2024 incluiu uma campanha culturalmente adaptada para latinos, com anúncios em espanhol, menções a elementos da cultura latina e mesas redondas para discutir temas como economia e segurança de fronteira. As pesquisas de boca de urna indicaram que essas ações tiveram impacto positivo entre os latinos, com 45% identificando-se como republicanos, um aumento notável em comparação com anos anteriores.
No entanto, “historicamente, se um candidato democrata tem esperanças de ganhar a presidência, ele deve garantir o voto latino. De acordo com uma revisão da Axios de pesquisas de boca de urna que remontam a 50 anos, a investigação descobriu que quando os candidatos presidenciais democratas obtêm menos de cerca de 64% do voto latino, eles normalmente perdem”, segundo publicação do Latin Times.
Alejandro Flores, especialista em psicologia política, argumenta que os democratas possivelmente consideram o apoio latino como garantido, o que cria uma sensação de negligência entre esses eleitores. Em contraste, os esforços de Trump, embora imperfeitos, destacam sua intenção de valorizar a cultura latina, fazendo com que os eleitores se sintam mais reconhecidos.
Além disso, o texto aponta uma diferença de
gênero entre eleitores latinos: homens hispânicos migraram para Trump, enquanto
as mulheres ainda preferiram Harris. A análise sugere que os democratas podem
precisar de uma abordagem mais consistente e culturalmente engajada para
reconquistar e manter o voto latino em eleições futuras.