Boston se tornou a mais recente cidade a tomar medidas para proteger sua população imigrante das deportações em massa pretendidas pelo presidente eleito Donald Trump: seu conselho municipal votou unanimemente para manter seu status como uma cidade santuário, afirma a publicação do The Latin Times.

"Não é apenas uma política, mas é uma promessa aos nossos vizinhos imigrantes de que eles são bem-vindos aqui, e este é um porto seguro, e eles não precisam viver com medo de serem injustamente examinados ou mesmo arrancados de suas famílias", disse a vereadora Gabriela Coletta Zapata na reunião do conselho municipal, que ocorreu na quarta-feira.

Trump ameaçou reter o financiamento federal de cidades santuários, mas a prefeita Michelle Wu disse recentemente que protegerá os imigrantes sem status legal de "todas as maneiras possíveis". Outras cidades que estão tomando medidas nessa direção incluem Denver, Filadélfia, Chicago e Los Angeles. Nesta última, o novo chefe do LAPD disse que trabalhará para proteger os imigrantes, conforme noticiado pelo Latino Observatory.

A cidade de Nova York, historicamente acolhedora, agora está em contraste com o prefeito Eric Adams, que está adotando uma linha mais dura. Ele disse incorretamente no início desta semana que imigrantes sem documentos não têm direito ao devido processo legal sob a Constituição dos EUA. "A Constituição é para os americanos", disse Adams aos repórteres em sua coletiva de imprensa semanal na Prefeitura. "Não sou uma pessoa que entrou furtivamente neste país. Meus ancestrais estão aqui há muito tempo." Adams também argumentou que pessoas sem documentos que cometeram crimes deveriam ser deportadas, sugerindo que as autoridades de imigração não deveriam esperar que elas fossem julgadas.

Adams também repetiu seu desejo de reduzir as regras de santuário da cidade, que restringem autoridades municipais de cooperar com agentes federais de imigração. Prefeitos da cidade de Nova York, desde Ed Koch, que esteve no cargo de 1978 a 1989, apontaram para políticas de santuário para encorajar imigrantes a usar serviços da cidade, como hospitais, escolas e polícia sem medo de deportação, de acordo com o Gothamist.