A direção de campanha do Congressional Hispanic Caucus endossou na terça-feira (31 de maio) Patrick Branco, um legislador estadual do Havaí que pretende se tornar o primeiro latino do estado a ser eleito para o Congresso. Descendente de imigrantes porto-riquenhos, também tem raízes nativas havaianas, filipinas e chinesas.

O endosso do Bold PAC democrata aparece quando Branco está concorrendo na uma primária democrata contra a ex-senadora estadual Jill Tokuda. O vereador de Honolulu, Tommy Waters, também se candidatou à vaga, mas desistiu em maio para permanecer no conselho da cidade.

O endosso do PAC do Caucus pode alavancar outras doações e influência política ao candidato democrata, pois a organização tem conquistado algumas vitórias no apoio de outros candidatos no atual ciclo eleitoral.

Segundo a publicação do The Hill, o atual ocupante da cadeira no congresso, o deputado Kai Kahele, foi criticado algumas vezes por não estar disposto a fazer a longa viagem entre o Havaí e Washington para estabelecer sua presença política de forma duradoura. Nesse sentido, Branco declarou que “quem conseguir este assento precisa se certificar de que está comprometido em permanecer lá por um longo prazo e trazer os recursos que o Havaí precisa para se desenvolver”.

Rubem Gallego (D-Ariz.), presidente do Bold PAC, observou em comunicado que “seja como Diplomata do Serviço de Relações Exteriores dos EUA ou como Representante do Estado, Patrick Branco dedicou sua vida a servir o Havaí e nosso país. No Congresso, Patrick ajudará a reduzir o custo de vida cada vez maior do Havaí, trazendo empregos bem remunerados para o estado e garantindo o apoio federal necessário para fortalecer as áreas rurais e o setor agrícola”.

Branco conta com sua experiência viajando longas horas como oficial de serviço estrangeiro para se adaptar ao estilo de vida difícil de representar o Havaí a um continente de distância. Observou ainda que há a necessidade de uma representação no longo prazo, especialmente para avançar em grandes projetos de infraestrutura e de energia renovável, um grande desafio para um arquipélago de 1.500 milhas de extensão.

“Ele disse ao The Hill que cresceu muito em contato com suas raízes havaianas, mas através do serviço estrangeiro ele melhorou seu espanhol e se reconectou com seu lado hispânico [e] disse que espera trabalhar no Congresso para modernizar o status territorial de Porto Rico.

“Como porto-riquenho, mas também havaiano nativo, tenho uma perspectiva única sobre isso. Quando o Havaí era apenas um território, éramos tratados como cidadãos de segunda classe. Precisamos garantir que todos os cidadãos natos tenham os mesmos direitos”, acrescentou.