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Max Lesnik

Editores | 06/08/2022 19:26 | PERFIL DA SEMANA
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Max Lenik é um jornalista e político cubano radicado em Miami, Estados Unidos, desde 1961, conhecido como “El Polaco”, e que combateu a corrupção, a demagogia política, os vícios, os crimes e a opressão dos governos da fase anterior a 1959. Ele é o criador do slogan “Cuba sim, Yankees não”. Caracterizou-se por realizar um jornalismo de oposição política contra a ditadura de Batista, tanto das páginas da “Boêmia” quanto da “Cadena Oriental de Rádio”.

Ele nasceu em 8 de setembro de 1930, em San Antonio de las Vueltas, no atual município de Camajuaní, Villa Clara, localizado na região oeste de Cuba. Filho de pai polonês de origem judaica e da cubana María Teresa. Foi militante da Juventude Ortodoxa na época dos governos de Carlos Prío Socarrás e Fulgencio Batista, dividindo o palco muitas vezes com Eduardo Chibás e Fidel Castro. Em 1958 juntou-se à guerrilha como chefe de propaganda da Segunda Frente Nacional do Escambray.

Em 1961 emigrou de Cuba e se estabeleceu em Miami, Estados Unidos. Por três décadas dirigiu a publicação “Réplica” e é diretor da “Radio Miami” na Unión Radio; meio de onde manteve sua voz inabalável em defesa de Cuba, em favor do reagrupamento familiar, em repúdio ao bloqueio e às medidas hostis das diferentes administrações norte-americanas.

Mantem oposição aberta ao terrorismo, na defesa da causa dos Cinco, em favor da Revolução Bolivariana e do processo de independência, democracia e integração que se forja hoje na América Latina.

Ele conheceu Fidel na Plaza Cadenas da Universidade de Havana. Ele o manteve escondido em casa por duas semanas, enquanto era perseguido pelos capangas de Batista, o que salvou sua vida. A relação sempre foi boa, embora politicamente houvesse diferenças. 

Desde 1978 viaja regularmente a Cuba, sendo o único cubano residente nos Estados Unidos convidado pelo Papa João Paulo II para a recepção na sede diplomática do Vaticano em Havana, em 1998. Na ocasião recebeu agradecimentos no trabalho de mediador entre o Estado cubano e a Igreja Católica.

Em 16 de agosto de 2007, lhe foi conferida a Distinção “Félix Elmuza”, a mais alta ordem outorgada pelo Sindicato dos Jornalistas de Cuba, que lhe foi imposta por Tubal Páez: “Hoje estamos distinguindo uma pessoa que se caracterizou por sempre avançar, por estar sempre na vanguarda e continua sendo, apesar do cerco dos inimigos da Revolução Cubana no próprio território dos Estados Unidos”.

Ricardo Alarcón de Quesada, ao se referir ao jornalista, expressou-se; “Com este incentivo, uma dívida é saldada com um dos mais brilhantes jornalistas cubanos, mas também com um dos patriotas mais genuínos, que soube superar os riscos, não teóricos, mas de bombas que estavam pendentes contra ele e seus escritórios por muitos anos e, ainda assim, eles nunca foram capazes de silenciá-lo”.

“A vida de Max não foi apenas ‘Vergonha contra o dinheiro’, como levantou Eduardo Chibás, mas também Vergonha contra o terror, contra a mentira e contra o explosivo C-4 nas ruas de Miami”.

A filha Vivian Lesnik, fez um documentário intitulado “O homem das duas Havanas”, onde afirma que o pai passou a vida perdendo, porque as causas pelas quais luta parecem inatingíveis.

No último domingo do mês de julho, Lesnik esteve presente no protesto convocados pelo movimento solidário “Puentes de Amor” contra o bloqueio dos EUA a Cuba em Miami, Flórida. Na ocasião, Lesnik disse que “os inimigos dessas caravanas são inimigos das famílias cubanas que sofrem com o bloqueio, e estar aqui hoje é meu dever como cubano”.

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