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Foi lançada a primeira plataforma de mídia conservadora latina nos EUA

Editores | 13/08/2022 18:06 | CULTURA E SOCIEDADE
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Com um mercado-alvo potencial de mais de 500 milhões de falantes de espanhol no mundo, o “Americano Media” é uma nova plataforma multimídia criada para o público de latinos conservadores. É uma criação de Jorge L. Arrizurieta e Iván García-Hidalgo, CEO/Fundador da Americano Media, são especialistas no eleitorado latinos/hispânicos nos Estados Unidos. 

Com décadas de experiência em consultoria para campanhas presidenciais, Arrizurieta e García Hidalgo trabalham com empresas de mídia de capital aberto e agora se uniram para lançar uma nova plataforma para esse público específico, principalmente a comunidade cubada da Flórida.

A comunidade cubana de Miami é um público-alvo muito importante para a Americano Media. De acordo com Arrizurieta, o jornal e site de língua espanhola “El Nuevo Herald” nunca abraçou a comunidade hispânica do sul da Flórida e é muito antagônico aos seus valores básicos. O “Diario las Americas”, observa Arrizurieta, é mais representativo da mídia conservadora, pois pertence a uma família venezuelana conservadora, e é um aliado natural da Americano Media, segundo ele.

“O conteúdo de streaming e aplicativo está disponível em todas as principais plataformas, incluindo Apple, Android, SiriusXM e Roku, fornecendo informações aos hispano-americanos que desejam fazer escolhas informadas antes da temporada eleitoral de meio de mandato e além. Com sede em Miami, a Americano Media tem cerca de 80 membros na equipe, incluindo correspondentes internacionais e anfitriões em países como El Salvador, Colômbia e Israel”, segundo o site Portada. Faltando apenas alguns meses para as eleições de meio de mandato, os latinos representam quase 20% do eleitorado. Esse número está crescendo e, com ele, a diversidade de tendências políticas.  

O “Americano Media” contará com programação de TV exclusiva apresentada por personalidades conservadoras, incluindo: Lourdes Ubieta, Dania Alexandrino Nelson Rubio (todas trabalhavam anteriormente com a “Radio Mambi”, uma rádio conservadora de Miami recentemente adquirida por outro grupo de latinos considerados “progressistas”; o apresentador Jesús Márquez com seu programa “Battleground Americano” (“uma guerra de valores e princípios está sendo travada nos Estados Unidos”, e “Battleground Americano” está na linha de frente); Lourdes Ubieta que lidera o “Así está el Mundo”, programa do meio-dia onde ela cobre as notícias mais importantes até agora e entrevistas com os principais personagens de cada dia, com ênfase na política internacional; dentre outros, informou o Portada. 

Por se tratar de uma mídia conservadora, Arrizurieta informou que “Nós nos vemos como um lugar onde pode haver uma convivência republicana do centro à direita. Um lugar onde os partidários de Bush e os partidários de Trump se dão bem”. Ele acrescenta ainda que o grupo se identifica com o “modelo Fox”, pois, em sua opinião, “a programação e as notícias de qualidade da Fox são uma ótima mistura de conteúdo” e ainda completa: “Continuaremos trabalhando duro para convidar todos os espectros do mundo republicano a trabalhar juntos para vencer os democratas”.

Ainda segundo a publicação, Arrizurieta afirmou que a “Americano Media” é uma empresa, não uma organização política. Completou ainda que “Durante o ciclo eleitoral os candidatos e os PACs [...] serão anunciantes muito importantes. Também há espaço para os anunciantes tradicionais corporativos e de bens de consumo”. 

A “Americano Media” está atualmente montando uma equipe de vendas de publicidade liderada por Andrew E. Bazner, vice-presidente de vendas do “Americano Media Group”. Outra fonte de receita seriam as vendas de conteúdo para outras emissoras de rádio e TV e propriedades de vídeo. 

Conforme noticiado anteriormente pelo Latino Observatory, para fazer contraponto ao “Americano Media”, o novo grupo de mídia, a “Latino Media Network”, está sendo constituído por um grupo de latinos proeminentes que estão aportando cerca de US$ 60 milhões na compra de 18 estações de rádio em dez cidades nos EUA. São vários os latinos investidores na compra – vários deles democratas – que ainda requer a aprovação da “Comissão Federal de Comunicações”.

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