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“Festival Raizado” reivindica ideias, história e cultura latinas nos EUA

Editores | 13/09/2022 13:59 | CULTURA E SOCIEDADE
IMG The Latinx House

Um grupo de artistas, comunicadores, políticos e defensores latinos se reuniram na primeira semana de setembro para o “Festival Raizado”, um encontro que busca abordar questões que afetam a comunidade latina.


Na programação do festival, foram abordados assuntos importantes à esta população. Para tanto, houve uma variedade de discussões sobre temas como educação, construção de riqueza, apagamento da identidade latina, representação na publicação, hispânicos na filantropia e muito mais, tudo através de uma lente latina.


Os organizadores do “Festival Raizado” – o nome em espanhol para “enraizados” – escolheram propositalmente Aspen, um lugar onde grupos poderosos realizam cúpulas que direcionam o futuro da indústria, da filantropia e das organizações da sociedade civil.


O Festival Raizado é uma reunião de 250 pessoas de todo o nosso país que são líderes, desde as mulheres trabalhadoras rurais e trabalhadoras domésticas que estão aqui, até os atores, os músicos, os organizadores e pessoas da filantropia e negócios”, segundo Mónica Ramírez, cofundadora da Latinx House, a organização do evento para o TheHill.


A Latinx House, uma organização conhecida principalmente por sua defesa das vozes latinas no cinema e no entretenimento, já havia sediado eventos no Sundance Film Festival. Mas, o “Festival Raizado”, uma ideia dos cofundadores da Latinx House, Ramírez, e da produtora Olga Segura, é um projeto independente com foco em uma ampla gama de questões que afetam a comunidade hispânica”, ainda de acordo com o The Hill.


Dos 250 ingressos do festival, 40 foram reservados para trabalhadores membros da comunidade latina local, um grupo cujos líderes dizem que muitas vezes se sentem excluídos dos eventos em Aspen.


Segundo a NBCNews, “O evento tem uma tendência claramente progressista, embora não partidária, com o apoio da Open Society Foundations, a rede filantrópica fundada pelo magnata dos negócios George Soros”. O evento também é apoiado pela “Fundação Ford”.

O deputado Joaquin Castro (D-Texas), esteve no festival e, na sua fala, lembrou dos latinos que morreram vítimas de violência, como na danceteria Pulse em Orlando, Flórida, no Walmart em El Paso, Texas, e nas salas de aula da Robb Elementary School em Uvalde, Texas, segundo a NBC.


Para Castro, “os latinos se reuniram no festival ‘para mudar as coisas e fazer a diferença’. Completou dizendo: “Acredito fundamentalmente agora que os estadunidenses não sabem quem são os latinos, porque nossas histórias não foram contadas. Ser desconhecido não é apenas culturalmente insensível; é perigoso. Mas os latinos não estão sem poder ou agência”.


O evento também visou atrair mais investimentos para a comunidade latina.


Carmen Rojas é CEO e presidente da Fundação Marguerite Casey, uma das principais patrocinadoras do evento. Rojas, uma das palestrantes [...] é a única latina que lidera uma grande fundação filantrópica que doa entre US$ 40 milhões e US$ 60 milhões por ano em todo o país”, de acordo com a NBC News.


Os organizadores direcionaram parte do financiamento para empresas de propriedade e operadas por latinos e contrataram para o evento profissionais todos latinos, como chefs, cabeleireiros, maquiadores, artistas visuais e intérpretes, dentre outros.

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