No domingo (18/9) o furacão “Fiona” deixou a maior parte de Porto Rico sem energia, causando catastróficas inundações e deslizamentos de terra na ilha antes de atingir a República Dominicana, segundo uma agência do governo.
O novo desastre ocorre após cinco anos da passagem do furacão “Maria” que devastou a ilha e deixou centenas de milhares de pessoas desabrigadas além de matar quase quatro mil porto-riquenhos. A tempestade trazida pelo Fiona arrancou o asfalto das estradas, destruiu uma grande ponte rodoviária, submergiu carros e causou enchentes que elevou a 6 metros a margem dos rios em apenas algumas horas. Os portos foram fechados e os voos do aeroporto principal cancelados, conforme publicação da agência Reuters.
No domingo à noite, agências de ajuda humanitária na República Dominicana começaram a evacuar moradores de áreas de alto risco no leste do país. O líder dominicano, Luis Abinader, adiou uma viagem a Nova York para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas, enquanto nas escolas o início do ano letivo foi adiado.
Conforme o “Centro Nacional de Furacões”, o centro da tempestade atingiu a costa sudoeste de Porto Rico, perto de Punta Tocon, às 15h20 locais, com ventos atingindo cerca de 140 quilômetros por hora.
Carmen Yulín Cruz, ex-prefeita de San Juan, disse no Twitter que muitos acreditavam que a chuva foi pior do que o furacão Maria em 2017.
A energia começou a ser restaurada em algumas áreas na noite de domingo, disseram autoridades, mas a reconexão de toda a ilha levaria dias.
A eletricidade havia acabado completamente em toda a ilha de 3,3 milhões de pessoas, disse a LUMA Energy, operadora da rede da ilha e a autoridade de energia de Porto Rico.
“A rede de Porto Rico permanece frágil depois da passagem do furacão Maria, em setembro de 2017, causou o maior apagão da história dos EUA. Naquela tempestade de “categoria 5”, 1,5 milhão de clientes perderam eletricidade com 80% das linhas de energia desligadas. Milhares de porto-riquenhos ainda vivem sob telhados de lona improvisados, o que agravou ainda mais a situação.
O presidente dos EUA, Joe Biden, aprovou uma declaração de emergência para Porto Rico, autorizando a “Agência Federal de Gerenciamento de Emergências” a coordenar o socorro a desastres e fornecer medidas de proteção de emergência. As autoridades abriram mais de 100 abrigos e fecharam praias e cassinos.
Ainda segundo a publicação, “uma morte ligada a Fiona foi relatada até agora na ilha caribenha francesa de Guadalupe. Autoridades disseram que um homem foi encontrado morto no sábado depois que sua casa foi varrida pelas inundações. A França reconhecerá o estado de desastre natural para Guadalupe, disse o presidente Emmanuel Macron no Twitter.
Na quarta-feira, 21 de setembro, o
furacão Fiona já havia evoluído para uma poderosa tempestade de “categoria 4”.
Conforme apontou a CNN Brasil “ao se dirigir para as Bermudas
depois de atingir Porto Rico, República Dominicana e Ilhas Turcas e Caicos com
fortes chuvas e inundações, disse uma agência do governo dos Estados Unidos.”