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Gary Anthony Soto (nascido em 12 de abril de 1952) é um poeta, romancista e memorialista americano. Soto nasceu de pais mexicano-americanos Manuel e Angie Soto. Em sua juventude, trabalhou nos campos do Vale de San Joaquin. O pai de Soto morreu em 1957, quando ele tinha cinco anos. Como sua família teve que lutar para encontrar trabalho, ele teve pouco tempo ou incentivo em seus estudos. Segundo o poeta, ele encontrou interesse pela poesia através de escritores como Ernest Hemingway, John Steinbeck, Júlio Verne, Robert Frost e Thornton Wilder enquanto estava no ensino médio.
Soto frequentou o Fresno City College e a California State University, Fresno, onde obteve seu diploma de bacharel em inglês em 1974, estudando com o poeta Philip Levine. Fez pós-graduação em escrita de poesia na Universidade da Califórnia, Irvine, onde foi o primeiro mexicano-americano a ganhar um MFA em 1976. Ele afirma que queria se tornar um escritor na faculdade depois de descobrir o romancista Gabriel García Márquez e os poetas contemporâneos Edward Field, WS Merwin, Charles Simic, James Wright e Pablo Neruda, a quem ele chama de “o mestre de todos eles”.
Ele lecionou na Universidade da Califórnia, Berkeley, e na Universidade da Califórnia, Riverside, onde foi Distinguished Professor.
Soto foi um “Embaixador dos Jovens” para os Trabalhadores Agrícolas Unidos da América, apresentando aos jovens o trabalho e os objetivos da organização.
A poesia de Soto se concentra em experiências cotidianas, muitas vezes refletindo sobre sua vida como chicano. Sobre sua relação com a comunidade mexicano-americana, Soto comentou que “como escritor, meu dever não é tornar as pessoas perfeitas, principalmente os mexicanos-americanos. Não sou um líder de torcida. Sou aquele que fornece retratos de pessoas na pressa da vida”.
Soto escreve romances, peças de teatro e memórias, e editou várias antologias literárias. Sua história “The No-Guitar Blues” foi transformada em filme, e ele produziu outro filme baseado em seu livro “The Pool Party”. Ele é um prolífico escritor de livros infantis.
Sobre seu trabalho, Joyce Carol Oates observou: “Os poemas de Gary Soto são rápidos, engraçados, animadores e dolorosamente críveis, como cartas de amor Polaroid, ou trechos de música ouvidos de um carro que passa; trechos de beleza como trechos de luz solar; o próprio pulso de uma vida”.
A primeira coleção de poemas de Soto, “The Elements of San Joaquin”, ganhou o prêmio “International Poetry Forum”, em 1976, antes de sua publicação na Pitt Poetry Series, em 1977. O New York Times Book Review também homenageou o livro reimprimindo seis de seus poemas. Em 1985, seu livro de memórias “Living Up the Street” recebeu o “American Book Award”, da Before Columbus Foundation.
Em 1993, Soto recebeu a “Andrew Carnegie Medal for Film Excellence”, da Association for Library Service to Children, por seu trabalho de produção no filme “The Pool Party”. Em 1999, Soto recebeu o “Prêmio de Herança Hispânica” para Literatura, o “Prêmio de Direitos Civis Autor-Ilustrador”, da Associação Nacional de Educação, e o Prêmio “PEN Center West Book” pela obra Petty Crimes.
Outras honrarias incluem o “Discovery/The Nation Prize”, o Prêmio “Bess Hokin” e o “Prêmio Levinson” de Poesia. Ele recebeu o “John and Patricia Beatty Award” da California Library Association (duas vezes), um “Reconhecimento de Mérito” da Claremont Graduate School for Baseball, a Medalha de Prata do Commonwealth Club of California e o Prêmio Tomás Rivera.
Em
2014, Soto recebeu o “Prêmio Phoenix” por seu livro infantil de 1994, Jesse. O
comitê do prêmio declarou: “Jesse é tanto uma história de amadurecimento de um
menino mexicano-americano com uma sensibilidade poética quanto a história de
uma comunidade e um país em um momento difícil – enfrentando pobreza,
preconceito e guerra, problemas que estamos enfrentando ainda hoje. Jesse
oferece uma fatia não embelezada da vida em Fresno, Califórnia, na era da
Guerra do Vietnã”.
