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Fatores socioeconômicos e ambientais afetam sono de latinos que vivem próximo à fronteira EUA-México

Editores | 02/04/2023 20:56 | CULTURA E SOCIEDADE
IMG Foto: Benjamin Watson - https://www.flickr.com/photos/schnappischnap/8969004201

Um ser humano adulto precisa de 7 a 9 horas de sono por noite. Sono reduzido, seja por insônia ou outras questões, pode causar diversos problemas ligados à saúde física, como pressão alta e diabete, aumentando as chances de desenvolver uma doença cardíaca.


Uma pesquisa nos Estados Unidos, dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças identificaram que os 1 a cada 3 latinos dormem menos de 7 horas por noite, muito diferente da média estadunidense.


Segundo a matéria da American Heart Association, uma equipe de pesquisadores sobre psicologia decidiu realizar um estudo sobre os hábitos do sono dos latinos que vivem no condado de Nogales, Arizona, região próxima a fronteira EUA-México. Segundo o professor de psicologia da Universidade do Arizona em Tucson, John Ruiz, a pesquisa pretende compreender “como os contextos fronteiriços e os contextos sociais afetam o sono na região”.


As suposições sobre o que podem atrapalhar o sono desse grupo são várias. Entre elas pode-se considerar o aumento de ruídos nas regiões com menor infraestrutura, além da insegurança em relação à proteção da fronteira.


Outra consideração é o status socioeconômico, cerca de 20% dos residentes do condado de Nogales vivem na pobreza, sendo que 80% da população total é latina. Muitos desses precisam trabalhar em mais de um emprego, comprometendo o horário de descanso dessas pessoas.


O estudo foi conduzido durante duas semanas. Os participantes levaram dispositivos para casa que serviriam para monitorar os seus padrões de sono. Outros estudos notaram que, em outras regiões do país, as pessoas brancas não-hispânicas conseguem dormir melhor e por mais tempo do que outros grupos raciais ou étnicos que vivem na mesma região.


A diretora sênior de serviços comunitários de saúde do centro e investigadora principal do estudo, Patty Molina, afirmou que o intuito do estudo é compreender a ligação entre os fatores socioambientais e a saúde das pessoas, e como essas questões “afetam muitas pessoas, especialmente aqui ao longo da fronteira”, segundo informa a Heart.


O estudo ficou pausado durante a pandemia de COVID-19 e retornou recentemente. Os resultados podem ser usados para diferentes aplicações em futuras pesquisas destinadas à população latina, cada vez maior.


Por fim, John Ruiz, afirma “Compreender a saúde dos latinos será cada vez mais importante como prioridade nacional”, tendo em vista seu crescimento nos Estados Unidos e a importância de garantir a segurança dessa população.

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