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Condições precárias de emprego dos trabalhadores latinos nos Estados Unidos

Editores | 16/12/2021 23:22 | POLÍTICA E ECONOMIA
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Segundo nossa publicação no dia 26 de novembro deste ano o desempenho econômico latino nos Estados Unidos desmente a noção baseada em estereótipos de que a comunidade latina é apenas um peso na economia estadunidense. O PIB de US$ 2,6 trilhões é o oitavo lugar no mundo caso se tratasse de uma nação independente.

Porém, a população imigrante latina segue enfrentando muitas dificuldades para encontrar empregos não precários no país, sendo a permissão de residência, o fator mais contundente. 

O relato de Irene Caudilho, presidenta e CEO da “El Centro Inc.” — uma ONG especializada de ajuda a latinos a acessarem oportunidades sociais, econômicas e educacionais — demonstra algumas das dificuldades que a comunidade latina enfrenta e aponta para que, caso o Congresso estadunidense trabalhassem para criar meios legais de acesso à cidadania aos trabalhadores latinos sem documentos, cerca de 70.000 vagas de empregos, apenas na cidade do Kansas, Missouri, seriam possíveis.  

Segundo Caudillo, “os trabalhadores imigrantes já são uma parte significativa de nossas fábricas de frigoríficos, construção e indústrias de serviços alimentícios. Os proprietários de empresas frequentemente nos contam quais são os excelentes trabalhadores de nossa comunidade. É verdade. Mas muitos empregadores não contratam clientes sem status legal, mesmo que eles queiram. Como resultado, os negócios ficam insuficientes e nossos clientes são forçados a trabalhar para empresas que os pagarão por debaixo dos panos, geralmente sem proteções básicas”.

As proteções básicas apontadas por Irene Caudillo, diz respeito à segurança ocupacional e administração de saúde (OSHA, no inglês), cuidados básicos que são garantidos aos trabalhadores com empregos registrados.

Cidadã americana-mexicana de segunda geração, Caudillo afirma que “a documentação legal ajudaria a todos. Daria aos empregadores, acesso a trabalhadores sólidos e garantiria um tratamento humano aos nossos clientes. Sem o medo de deportação, milhares de Kansans city poderiam ganhar um salário mínimo e se sentir confiantes em suas proteções OSHA. Eles também poderiam garantir empregos com melhores salários e, em geral, melhorar suas vidas. Nossas famílias indocumentadas do Kansas já pagam impostos substanciais e detêm US$ 1,2 bilhão em poder de compra, conforme a organização sem fins lucrativos New American Economy. O status legal aumentaria significativamente ambos”.

Ainda segundo Caudillo, “um de nossos programas ensina os filhos de imigrantes a serem verdadeiramente bilíngues, os ajudando a se aclimatarem à sociedade americana, enquanto preservam sua herança cultural”. Além disso, sua ONG “também ensina educação financeira, para que os pais possam economizar para hipotecas e abrir fundos para a faculdade. É muito mais difícil economizar e investir quando você não tem status legal”. 

Para ela, assuntos como emprego e segurança para pessoas latinas vivendo nos Estados Unidos seriam resolvidos caso houvesse interesse político no país para tanto. 

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