Foto: US Department of Justice
Alberto R. Gonzales (nascido em 4 de agosto de 1955) é um advogado americano que atuou como o 80º procurador-geral dos Estados Unidos de 2005 a 2007 e é o hispano-americano de mais alto escalão no governo executivo até hoje. Anteriormente, ele atuou como secretário de Estado do Texas, como juiz da Suprema Corte do Texas e como conselheiro da Casa Branca, tornando-se o primeiro hispânico a ocupar esse cargo.
O mandato de Gonzales como procurador-geral dos EUA foi marcado por controvérsias sobre a vigilância sem mandado de cidadãos americanos e a autorização legal de “técnicas de interrogatório aprimoradas”, mais tarde geralmente reconhecidas como constituindo tortura, na “Guerra ao Terror” pós- 11 de setembro do governo dos EUA. Gonzales também presidiu as demissões de vários procuradores dos EUA que recusaram as diretrizes da Casa Branca para processar inimigos políticos, supostamente fazendo com que o cargo de procurador-geral se tornasse politizado indevidamente. Após apelos para sua remoção, Gonzales renunciou ao cargo “no melhor interesse do departamento”, em 27 de agosto de 2007, a partir de 17 de setembro de 2007.
Em 2008, Gonzales iniciou uma prática de mediação e consultoria. Além disso, ele ministrou um curso de ciência política e atuou como recrutador de diversidade no Texas Tech University. Gonzales é atualmente reitor da Belmont University College of Law, em Nashville, Tennessee, onde leciona Direito de Segurança Nacional. Anteriormente, ele era advogado em um escritório de advocacia com sede em Nashville — Waller Lansden Dortch & Davis, LLP — onde assessorava clientes em assuntos especiais, investigações governamentais e questões regulatórias. Ele frequentemente escreve artigos de opinião para jornais nacionais e aparece em programas de notícias nacionais.
Gonzales nasceu em uma família católica em San Antonio, Texas, e foi criado em Humble, Texas, uma cidade fora de Houston. De ascendência mexicana, ele foi o segundo dos oito filhos de Maria (Rodriguez) e Pablo M. Gonzales. Seu pai, que morreu em 1982, era um trabalhador migrante e depois um trabalhador da construção civil com ensino fundamental. Sua mãe trabalhava em casa criando oito filhos e estudou até a sexta série. Gonzales e sua família de dez pessoas viviam em uma pequena casa de dois quartos construída por seu pai e tios, sem telefone e sem água quente corrente. Segundo Gonzales, ele não sabe se existe documentação de imigração para três de seus avós que nasceram no México e podem ter entrado e residido nos Estados Unidos ilegalmente.
Gonzales tem atuado na comunidade, atuando como diretor do conselho ou membro do comitê de várias organizações sem fins lucrativos entre 1985 e 1994.
