Plataformas online como YouTube, WhatsApp, Instagram e Telegram são os canais mais ativos de circulação dessas notícias e, no contexto de ano eleitoral, há o receio de que a grande disseminação de fake news acometa ainda mais as eleições no país. Outro fator preocupante da desinformação é a produção de matérias falsas sobre a pandemia de Covid-19 e vacinação.
No dia 14 de janeiro deste ano, 22 dos 38 membros do “Caucus” assinaram e enviaram cartas aos CEOs do Meta (antes Facebook), YouTube, Twitter e TikTok solicitando uma reunião para serem discutidas a divulgação bilíngue de notícias falsas (espanhol e inglês) em suas plataformas.
A carta enviada a Mark Zuckerber chamava a atenção para urgência em se discutir a propagação nas informações falsas pelo Facebook, segundo publicação do
Latino Rebels.
Os quatro CEOs das plataformas que foram alvos do Caucus (Zuckerberg da Meta, Shou Zi Chew do TikTok, Parag Agrawal do Twitter e Susan Wojcicki do YouTube), confirmaram o recebimento da carta, apesar de nenhuma reunião ter sido agendada ainda, segundo a mesma publicação.
De acordo com depoimento do deputado Jimmy Gomez (D-CA) para a publicação, “precisamos responsabilizar as empresas de mídia social e convocá-las a realizar algo eficaz, de maneira que possamos realmente confirmar alguma mudança”.
As informações falsas divulgadas pelas plataformas da Meta e YouTube são mais toleradas quando produzidas na língua espanhola, segundo o Joaquin Castro (D-TX) que falou no twitter sobre o problema.
O deputado Ruben Gallego (D-AZ) afirmou à publicação, que os CEOs da tecnologia estão cientes sobre o que ocorre: “Eles lucram com isso. Espero que possamos trazê-los aqui, mas enquanto isso, eles devem verificar seus próprios dados e saber que estão desempenhando um papel importante na desinformação que está acontecendo”.
Referindo-se aos estudos que confirmaram que Donald Trump conquistou adesão dos eleitores na Flórida e Texas nas últimas eleições presidenciais, devido às notícias falsas em espanhol, o deputado Adriano Espaillat (D-NY) disse à publicação que aquela situação pode ocorrer novamente neste ano caso medidas concretas não sejam tomadas.