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Estados liderados pelo Partido Republicano processam programa de Biden que beneficia cônjuges imigrantes de cidadãos dos EUA

Editores | 03/09/2024 17:54 | POLÍTICA E ECONOMIA

Dezesseis estados liderados por republicanos moveram uma ação judicial contra um programa federal introduzido pelo presidente Joe Biden, que visa oferecer um caminho para a cidadania a imigrantes sem status legal que são casados com cidadãos americanos. O programa, lançado em junho e que começou a aceitar inscrições recentemente, permite que esses cônjuges solicitem “liberdade condicional no local”, uma autorização para permanecer nos Estados Unidos, solicitar um green card e, eventualmente, a cidadania.


A coalizão de estados, liderada pelo procurador-geral do Texas, Ken Paxton, entrou com a ação na sexta-feira (23), argumentando que o governo Biden contornou o Congresso para criar um caminho para a cidadania por razões políticas. Eles afirmam que o programa incentiva a imigração ilegal e prejudica os estados, que arcam com os custos adicionais, como saúde, segurança e impacto no mercado detrabalho.


O processo acusa o Departamento de Segurança Interna (DHS) e seu secretário, Alejandro Mayorkas, de abuso de poder ao tentar dar liberdade condicional em massa aos cônjuges de cidadãos americanos. Os estados também pediram a suspensão do programa enquanto o processo está em andamento.


O governo Biden, por sua vez, defende o programa, argumentando que ele está em conformidade com a lei e visa manter as famílias unidas, permitindo que cônjuges de cidadãos americanos vivam sem medo de separação. A Casa Branca criticou a ação judicial como uma tentativa de forçar famílias a viver nas sombras e como uma forma de separação familiar, segundo a Associated Press.


A organização FWD.us, que apoia o programa, afirmou que a ação judicial tem motivações políticas e visa separar famílias. Outros defensores, como o Justice Action Center e a Americans for Immigrant Justice, também condenaram a ação como cruel e prejudicial para famílias de status misto que contribuíram para suas comunidades nos Estados Unidos.


O programa, que poderia beneficiar até meio milhão de pessoas e 50.000 de seus filhos, exige que os candidatos tenham vivido nos EUA por pelo menos 10 anos, não representem uma ameaça à segurança, e paguem uma taxa de inscrição, entre outros requisitos. A ação judicial dos estados argumenta que os custos da imigração adicional seriam prejudiciais e que o programa diminuiria os salários dos trabalhadores locais.

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