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Uma nova caravana é formada no México com cerca de 1.500 migrantes rumo aos EUA

Editores | 03/12/2024 16:26 | POLÍTICA E ECONOMIA

Foi relatado pela Associated Press a formação de uma nova caravana composta por cerca de 1.500 migrantes no sul do México, principalmente vindos da América Central e do Sul. Esses migrantes, muitos dos quais estão na cidade de Tapachula, próxima à fronteira com a Guatemala, esperam alcançar os Estados Unidos antes da posse de Donald Trump, temendo que as políticas migratórias se tornem ainda mais restritivas.


Tapachula funciona como uma espécie de “limbo” para os migrantes, segundo a matéria, pois eles não possuem permissão para avançar no território mexicano, agravando sua situação de vulnerabilidade. Nesse contexto, as caravanas surgem como uma alternativa desesperada para aqueles que não podem pagar por contrabandistas, já que viajar em grandes grupos oferece maior proteção contra detenções por autoridades mexicanas. No entanto, essas caravanas não garantem segurança contra os perigos representados pelos carteis de drogas, que exploram migrantes por meio de extorsões, sequestros e cobranças para cruzar territórios sob seu controle.


Além das ameaças de violência, os migrantes enfrentam desafios físicos significativos, como o calor extremo, a falta de água e as longas distâncias. A rota mais curta até a fronteira dos EUA, que liga Tapachula a Matamoros, abrange mais de 1.780 km, tornando a travessia especialmente difícil para famílias com crianças. Muitos estão desesperados para sair de Tapachula devido à falta de emprego e às condições precárias, acreditando que a proximidade com a posse de Trump aumenta a urgência de alcançar os EUA.


A publicação também menciona o uso do aplicativo “CBP One”, introduzido pelo governo Biden para organizar pedidos de asilo e reduzir aglomerações na fronteira. Agora disponível no sul do México, o aplicativo oferece cerca de 1.450 agendamentos diários, mas muitos migrantes preferem se aproximar da fronteira, temendo perder sua consulta caso sejam selecionados. No entanto, Trump prometeu eliminar esse sistema e restringir ainda mais os caminhos legais para entrada nos EUA. As caravanas, que começaram a ganhar força em 2018, já contaram com apoio limitado do governo mexicano, como ônibus para transporte, mas atualmente enfrentam maior resistência, com as autoridades desencorajando qualquer forma de auxílio. Como alternativa, as permissões temporárias de trânsito têm sido usadas para dispersar os grupos, mas isso não resolve os obstáculos enfrentados pelos migrantes em busca de segurança e melhores condições de vida. 

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