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Salas de aula nos EUA são remodeladas pelas chegadas recordes de migrantes

Editores | 16/10/2024 21:57 | POLÍTICA E ECONOMIA

Uma publicação da Reuters aborda os desafios enfrentados pelas escolas públicas dos EUA com o aumento de crianças imigrantes, especialmente haitianas, e suas consequências para professores, alunos e comunidades locais. Dana Smith, professora de uma escola pública em Charleroi, Pensilvânia, exemplificou à Reuters a dificuldade de ensinar crianças que não falam inglês, especialmente após a chegada de muitos haitianos. Ela e outros professores enfrentam a barreira linguística e a pressão de pais que sentem que seus filhos americanos estão sendo prejudicados.


Desde 2022, mais de meio milhão de crianças migrantes em idade escolar chegaram aos EUA, sobrecarregando escolas, que enfrentam escassez de professores e dificuldades financeiras. Uma pesquisa da Reuters com 75 distritos escolares revelou que um terço desses distritos sentiu um impacto significativo devido ao aumento de alunos imigrantes. Muitos distritos contrataram mais professores de inglês como segunda língua (ESL) e intérpretes, mas a falta de recursos e treinamento adequado ainda é um problema.


Donald Trump, em sua campanha presidencial, usa exemplos como o de Charleroi para criticar a imigração, culpando Kamala Harris e o governo Biden pelo aumento de migrantes. Trump destaca os altos custos para os contribuintes e a sobrecarga das escolas, enquanto a campanha de Harris defende os investimentos em educação e assistência para alunos imigrantes.


Em Charleroi, a chegada de mais de 200 alunos haitianos desafiou a capacidade da escola local, que precisou contratar novos professores e intérpretes. Os custos adicionais incluem o transporte e a mensalidade de alunos transferidos para escolas particulares. A comunidade local enfrenta tensões raciais e econômicas, exacerbadas por declarações anti-imigrantes em redes sociais, ainda segundo a Reuters.


Apesar dos desafios, há sinais de progresso. A professora Dana Smith relatou à matéria que seus alunos imigrantes já estão mais adaptados ao inglês e ao sistema escolar. Outro exemplo positivo é de Julnise Telorge, uma aluna haitiana que, apesar de episódios de racismo, se sente segura e é resiliente.


Além das dificuldades, alguns veem o aumento de alunos imigrantes como uma oportunidade para enriquecer a comunidade escolar com novas perspectivas.


No geral, a reportagem retrata um sistema educacional pressionado pela imigração, mas também com potencial de adaptação e crescimento, à medida que professores, administradores e alunos enfrentam as dificuldades e trabalham para superá-las.

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