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Democratas planejam desafiar a agenda de deportação em massa de Trump

Editores | 25/11/2024 21:14 | POLÍTICA E ECONOMIA
IMG Gage Skidmore from Peoria, AZ, United States of America

As propostas e estratégias de Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, para implementar uma política de imigração rigorosa, prometendo a maior operação de deportação da história do país, têm sido bastante analisadas em termos de possibilidades e limitações. É sabido que ele planeja deportar cerca de 11 milhões de imigrantes indocumentados, declarando uma emergência nacional e mobilizando recursos militares para alcançar esse objetivo. Além disso, pretende expandir a proibição de viagens a países de maioria muçulmana, medida já considerada polêmica em seu primeiro mandato. Para garantir a execução de sua agenda, Trump designou figuras linha-dura, como Tom Homan e Stephen Miller, para posições estratégicas, reforçando o caráter extremo das propostas.


Por outro lado, líderes democratas e defensores da imigração estão organizando uma resposta robusta. Procuradores-gerais de estados como Califórnia e Washington se preparam para enfrentar legalmente as medidas de Trump, com base em um histórico de sucesso durante o primeiro mandato do ex-presidente. A expectativa, no entanto, é que a administração de Trump, desta vez, seja mais bem preparada e determinada. Organizações como a ACLU (American Civil Liberties Union) também estão se mobilizando para apresentar desafios judiciais imediatos, especialmente diante da possibilidade de Trump usar legislações antigas, como os Alien and Sedition Acts de 1798, para acelerar deportações sem garantias legais.


No âmbito social, a eleição de Trump criou um senso de urgência entre migrantes e redes de contrabandistas, que promovem entradas rápidas nos EUA antes da posse presidencial. Essa corrida contra o tempo intensifica os riscos de travessias perigosas, fortalecendo redes de tráfico humano e gerando lucros que já rivalizam com o tráfico de drogas. Estima-se que o contrabando de pessoas movimente entre 4 e 12 bilhões de dólares anualmente, tornando-se uma das principais fontes de renda do crime organizado na América Latina.


A situação jurídica também é crítica, considerando a atual composição conservadora da Suprema Corte dos EUA, moldada pelas nomeações de Trump durante seu primeiro mandato. Especialistas alertam que as próximas ações podem desafiar direitos fundamentais, exigindo respostas coordenadas de organizações defensoras dos imigrantes. Ao mesmo tempo, os impactos das políticas prometidas já se fazem sentir na fronteira, exacerbando crises humanitárias e estimulando novas ondas de migração em condições precárias, segundo a publicação.

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