O governo Trump solicitou na quinta-feira (08) à Suprema Corte dos Estados Unidos autorização para revogar o status legal temporário concedido a mais de meio milhão de imigrantes sob a gestão Biden.
A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, busca encerrar o programa que permitiu a 532 mil cidadãos de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela viverem e trabalharem legalmente no país por até dois anos. A medida enfrenta resistência judicial: a juíza federal Indira Talwani, de Massachusetts, determinou que o governo não pode anular o status de cada imigrante sem uma análise individualizada. Em resposta, o procurador-geral D. John Sauer criticou a decisão, argumentando que ela derruba uma das políticas migratórias mais significativas da administração Trump. Sauer defendeu que nem Talwani nem outros juízes federais teriam competência para deliberar sobre o tema, alegando que, segundo a Lei de Imigração e Nacionalidade, a secretária Noem possui ampla discricionariedade para definir tais questões e que a legislação impede a revisão judicial dessas decisões, segundo matéria da NBC News.
O caso se soma a outras disputas migratórias
levadas pelo governo Trump ao Supremo, após decisões contrárias em instâncias
inferiores. Paralelamente, um processo semelhante, envolvendo a tentativa de
revogar o status de proteção
temporária de outro grupo de venezuelanos, também aguarda julgamento na mais
alta corte do país.