“Encanto”, o filme mais recente da Walt Disney, ganhou o prêmio de melhor filme de animação na 94ª edição do Oscar. Receberam a estatueta os diretores Byron Howard e Jared Bush, e aos produtores Yvett Merino, a primeira latina indicada e vencedora na categoria, Clark Spencer. O longa é a 60.ª animação produzida pela Disney Animation Studios e, além de contemplar a importância da representativa cultural nas telas, ressalta a importância do núcleo familiar a partir de uma história mágica marcada pelas influências latino-americanas.
O enredo do filme é centrado na família dos Madrigais, que vive escondida nas montanhas da Colômbia em um lugar chamado Encanto. Cada membro da família, com exceção da personagem principal, Mirabel, tem um dom mágico especial que os ajudam a zelar pela comunidade local. A narrativa de “Encanto” se baseia em um livro: “Cem Anos de Solidão”, do ganhador do Prêmio Nobel Gabriel García Márquez. A animação já foi
notícia em nosso site.
"Encanto" também foi indicado para trilha sonora e canção original pela canção “Dos Oruguitas” de Lin-Manuel Miranda, que foi a primeira música que ele escreveu em espanhol (essa foi sua segunda indicação ao Oscar, a primeira foi pela música “How Far I'll Go” de Moana, da Disney). A música foi escolhida como a apresentação ao Oscar de “Encanto” antes de outra música, escrita por Miranda para o filme, “We Don't Talk About Bruno”, se tornar um grande sucesso.
“A categoria de melhor longa de animação foi apresentada pela primeira vez no Oscar em 2002. Encanto marca a quarta vitória para Walt Disney Animation Studios, que também ganhou Oscar por “Frozen”, “Big Hero 6” e “Zootopia”. Combinado com 11 vitórias da empresa irmã, Pixar, a “empresa mãe” Disney agora pode reivindicar 15 Oscars de melhor animação”, segundo o “
The Hollywood Reporter”.
“Enquanto a história de ‘Encanto’ é encantadora e suas canções cativantes, Lin- Manuel Miranda aludiu que seu verdadeiro poder vem da representação, dando às crianças latinas sub-representadas um momento para serem vistas e ouvidas. Esse poder foi exemplificado na história de Kenzo Brooks, um menino negro de 2 anos que viu o personagem afro-latino de ‘Encanto’, Antonio Madrigal, e pensou que era ele mesmo na tela”, conforme
publicação da ABC.
"Eu tenho me preparado toda a minha vida para este momento porque eu queria ajudar a criar personagens que as crianças se vissem. Eu queria escrever músicas que retratassem aquelas festas na casa em que eu cresci. E você está sempre meio que escrevendo para sua criança interior”, disse Mirando ao On The Red Carpet, segundo a mesma publicação.