Rua Hygino Muzy Filho, 737, MARÍLIA - SP contato@latinoobservatory.org
IMG-LOGO
Início / Notícias

Notícias

Novo grupo de 2.000 imigrantes parte do sul do México em direção aos EUA

Editores | 06/08/2022 20:25 | POLÍTICA E ECONOMIA
IMG commons.wikimedia.org

Cerca de 2.000 imigrantes começou uma marcha na segunda-feira, 25 de julho, partindo do sul do México em direção aos Estados Unidos.

Perto da fronteira com a Guatemala, o grupo começou sua caminhada na cidade de Tapachula onde, devido à superlotação de escritórios mexicanos de imigração, milhares de pessoas ficaram frustradas com a demora da documentação. 

Outra marcha dos migrantes começou em 18 de novembro do ano passado também com cerca de 2.000 migrantes saindo Tapachula. Composta principalmente por haitianos e centro-americanos, que começaram a caminhar para o norte, esse grupo concordou em ser separado na cidade de Huixtla e levado de ônibus a várias cidades para solicitar vistos humanitários. Naquele contexto inicial de marcha, os migrantes estavam cansados da longa demora na concessão de vistos na cidade, onde muitos dizem que não conseguem encontrar trabalho.

Compostas principalmente por famílias inteiras, as pessoas que marchavam em novembro receberam das autoridades mexicanas autorizações que os permitiam permanecer em território mexicano por até 30 dias, enquanto ocorriam os procedimentos de imigração.

Segundo a Associated Press, “muitos se opõem à estratégia mexicana de mantê-los no sul, longe da fronteira com os EUA. Eles dizem que o processo de normalização de seu status – geralmente por meio do pedido de asilo – leva muito tempo e eles não podem se sustentar enquanto esperam semanas em Tapachula porque os empregos são escassos”.

Geralmente, a população desses estados percebe haver mais oportunidades de encontrar trabalho nos estados ao norte e oeste do México. Ativistas afirmam que mesmo migrantes que receberam vistos humanitários que deveriam permitir que eles viajassem ao México, estão sendo detidos por agentes de imigração e enviados de volta a Tapachula.

“As caravanas começaram há vários anos como uma forma de os migrantes que não tinham dinheiro para pagar aos contrabandistas, aproveitassem a segurança pelo número de pessoas, enquanto se dirigiam para a fronteira dos EUA. No entanto, mais recentemente, a Guatemala e o México tornaram-se mais agressivos em dividir rapidamente as caravanas com as forças de segurança”, segundo outra publicação da Associated Press.

“É difícil, mas vamos continuar na esperança de que eles nos deixem passar”, disse para a AP o imigrante nicaraguense Moisés Chinchilla, que como a maioria espera obter uma autorização de residência temporária.

Enquanto muitos migrantes tentam usar as permissões para dar tempo de chegar à fronteira dos EUA, muitos são enviados de volta ao sul por autoridades mexicanas.

Pesquise uma notícia: