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Democratas na Flórida tentam conquistar eleitores latinos favoráveis ao controle de armas

Editores | 02/10/2022 11:44 | POLÍTICA E ECONOMIA
IMG commons.wikimedia.org - Jimmy Panetta

A violência armada é uma questão particularmente importante na Flórida, onde ocorreram dois dos tiroteios em massa mais mortais dos últimos anos. A mídia de língua espanhola deu ampla cobertura tanto ao tiroteio na escola primária em Uvalde, Texas, uma área predominantemente hispânica, quanto ao julgamento de penalidade do atirador que atacou uma escola em Parkland, Flórida, em 2018.


Em termo políticos, o sul da Flórida foi um dos poucos lugares que decepcionaram os democratas em 2020. Uma mudança da predileção entre os latinos em direção ao Partido Republicano contribuiu para várias perdas inesperadas nas corridas da Câmara e ajudou o então presidente Donald Trump a vencer na Flórida em mais de 3 pontos percentuais, segundo aponta a Associated Press (AP).


A partir das perdas eleitorais, os democratas tentam mudar a tática de campanha neste ano com o intuito de conectar as prioridades do partido às experiências pessoais de um grupo que, muitas vezes, se sente negligenciado na política nacional.


O esforço ocorre também em uma conjuntura volátil para a comunidade latina na Flórida. Como noticiamos anteriormente, o governador republicano Ron DeSantis atraiu a atenção nacional para a imigração depois de fretar dois voos transportando imigrantes que partiram do Texas com destino à ilha que abriga resorts de luxo no estado de Massachusetts, Martha’s Vineyard, como parte de um programa de realocação financiado pelo Estado.


“Enquanto alguns venezuelanos e latinos afiliados ao Partido Democrata o condenaram como um ‘truque cruel’, alguns aliados aplaudiram as ações de DeSantis. O senador republicano Marco Rubio, da Flórida, um cubano-americano, escreveu uma coluna em espanhol para uma plataforma online conservadora que aparentemente está do lado de DeSantis, levantando preocupações de que imigrantes que atravessam os Estados Unidos partindo do México, possam ser criminosos libertados pelo líder venezuelano Nicolás Maduro”, segundo publicação da AP.


“Em uma pesquisa da Associated Press-NORC Center for Public Affairs Research realizada em junho, 35% dos latinos citaram questões de armas em uma pergunta aberta, permitindo que as pessoas identificassem até cinco questões para o governo trabalhar no próximo ano. Isso em comparação com 18% no final de 2021 e 10% em 2020”, ainda segundo a AP.


De acordo com a Associated Press, uma organização de controle de armas fundada pela ex-deputada do Arizona, Gabrielle Giffords, que sobreviveu a um tiroteio em 2011, em Tucson (que matou seis e feriu por volta de doze pessoas), escolheu a Flórida para uma iniciativa específica do estado e selecionou uma lista de candidatos para apoiar. O comitê político de Giffords ofertou US$ 15.500 a dezenas de candidatos latinos em todo o país, e o grupo até agora investiu US$ 1 milhão na Flórida.


“No Texas, anúncios e outdoors atacaram o governador republicano Greg Abbott usando comentários que ele fez em uma das coletivas de imprensa após o tiroteio na escola Robb Elementary, em Uvalde, quando ele disse que ‘poderia ter sido pior’ enquanto inicialmente elogiava a resposta da polícia ao tiroteio. Mais tarde, foi revelado que cerca de 400 policiais no local esperaram do lado de fora da escola mais de uma hora antes que o atirador de 18 anos fosse morto a tiros dentro de uma sala de aula”.


A violência armada está matando um número crescente de crianças nos EstadosUnidos, com 1.562 mortes entre aqueles com 17 anos ou menos em 2021, de acordo com o site Gun Violence Archive, que rastreia tiroteios de mais de 7.500 fontes policiais, mídia, governo e comerciais.

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