Um tema de destaque que ressurge no contexto das eleições presidenciais dos Estados Unidos, é a influência da desinformação nas campanhas presidenciais de Donald Trump, com destaque para o ciclo eleitoral de 2024.
A disseminação de notícias falsas, particularmente
em relação à imigração e a vice-presidente Kamala Harris, tem sido uma tática
central na campanha de Trump, que acusou Harris de ser "marxista". A
imigração, um tema sensível e polarizador, tem sido alvo constante de alegações
falsas, como a suposta ligação entre imigrantes e o aumento da criminalidade ou
a perda de empregos para cidadãos americanos. Essas mentiras têm se espalhado
amplamente nas redes sociais, com impactos negativos na percepção e tratamento
dos imigrantes nos EUA, segundo aponta o LatinTimes.
Segundo uma pesquisa da KFF Health Misinformation Tracking Poll, 36% dos entrevistados acreditam que a retórica de Trump sobre imigração tem contribuído para o tratamento negativo de imigrantes, enquanto apenas 7% afirmam o mesmo sobre Harris. A pesquisa também revelou que 80% dos entrevistados já ouviram a alegação falsa de que imigrantes são responsáveis pelo aumento da criminalidade violenta, e 74% ouviram que os imigrantes estão "roubando" empregos. Apesar da ampla exposição a essas informações, as opiniões se dividem entre aqueles que acreditam nelas e aqueles que as consideram falsas, com visões nitidamente alinhadas às preferências partidárias.
Além disso, a confusão sobre a elegibilidade de imigrantes para benefícios federais é comum. Muitos não sabem que imigrantes indocumentados não têm direito a programas de saúde financiados pelo governo federal, e que imigrantes legais só se tornam elegíveis para benefícios como Previdência Social, Medicare ou Medicaid após cinco anos de residência.
Por fim, a pesquisa destaca que a maioria dos
imigrantes (55%) acredita que suas condições de vida melhorariam sob a
liderança de Harris, enquanto 19% favorecem Trump, e 25% afirmam que o
resultado das eleições não afetaria significativamente suas vidas. O estudo
sublinha a contínua divisão e desinformação que impactam o debate eleitoral,
especialmente em temas relacionados à imigração.