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Ex-Deputado Esteban Torres

Editores | 06/02/2022 00:38 | PERFIL DA SEMANA
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Esteban Torres, que faleceu no dia 25 de janeiro por causas naturais, dois dias antes de completar 92 anos, serviu oito mandatos na Câmara como deputado sendo reconhecido por orientar todo um legado de serviço público pela conquista de uma maior representação latina na política. 

Torres, democrata da Califórnia, representou a área de San Gabriel Valley e Whittier no Congresso entre 1983 a 1999, juntando-se a uma agremiação do Congresso que dobrou a representação latina no país.

O ex-deputado já presidiu o “The Congressional Hispanic Caucus” e vários subcomitês do Congresso, incluindo Finanças, Assuntos Urbanos, Bancos e Pequenas Empresas, e ajudou a aprovar a “Lei de Reforma e Controle da Imigração”, de 1986, que concedeu a cidadania a mais de 3 milhões de imigrantes.

Segundo a NBC News, “antes de sua carreira política, Torres atuou como ativista na filial do sindicato United Auto Workers (UAW), e depois trabalhou como representante internacional do UAW, em Washington, de 1964 a 1968. Ele ajudou a fundar o East Los Angeles Community Union (TELACU), uma das maiores agências de combate à pobreza do país. Em 1977, ele foi nomeado pelo presidente Jimmy Carter para servir como embaixador dos EUA na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO)”.

Segundo a biografia oficial constante no site da Câmara dos Representantes: 
“Esteban Edward Torres nasceu em Miami, Arizona, em 27 de janeiro de 1930, em um campo de mineração de propriedade da Phelps-Dodge Company. Quando Torres tinha cinco anos, seu pai foi deportado para o México e nunca mais o viu. Esteban, com sua mãe, Rena Gómez, e seu irmão mais novo, Hugo, mudou-se para East Los Angeles em 1936, onde frequentou escolas públicas e se formou na James A. Garfield High School em 1949. Ele foi criado por sua mãe e avó, Teresa Baron-Gómez, que incutiu nele um sentimento de orgulho cultural”.

“De 1949 a 1953, Torres serviu no Exército dos Estados Unidos, lutou na Guerra da Coreia sendo dispensado honrosamente com a posição de sargento de primeira classe. Torres usou seus benefícios do GI Bill [Lei de Reajuste dos Militares de 1944], para estudar no Los Angeles Art Center em 1953. Na década seguinte, fez cursos no East Los Angeles College, e na California State University, em Los Angeles. Ele concretizou cursos de pós-graduação na Maryland University em economia e na American University em Washington, DC, em relações internacionais. Torres casou-se com Arcy Sanchez de Los Angeles em 22 de janeiro de 1955. O casal teve cinco filhos: Carmen, Rena, Camille, Selina e Esteban”.

“No início de março de 1998, dias antes do prazo de apresentação das eleições de outono, Torres anunciou que se aposentaria da Câmara ao final do 105.º Congresso, em janeiro de 1999. […] Torres endossou seu chefe de gabinete e genro, Jamie Casso, para sucedê-lo nas primárias democratas, que acabou perdendo para a líder comunitária de longa data, Grace Napolitano, que obteve o apoio da AFL-CIO [Federação Americana do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais]. Aposentado, Torres seguiu sua paixão pela escultura e pintura”.

Em comunicado no dia seguinte a sua morte, a presidente e CEO da UnidosUS, Janet Murguía, divulgou a seguinte declaração sobre Esteban Torres:  “Artista talentoso, Torres sempre teve interesse e amor pelas artes e cultura, especialmente por reconhecer as realizações artísticas e culturais da comunidade latina. Como regente do Smithsonian Institution, […] foi um dos primeiros defensores de um museu latino, que em breve fará parte do shopping em Washington, DC. Mesmo em sua aposentadoria, pudemos contar com seu apoio, como quando atuou como primeiro presidente do National Latino Media Council, o que ajudou a trazer maior diversidade para as grandes redes de televisão”.

Para saber mais detalhes biográficos de Esteban Edward Torres, acesse.

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