Enrique Tarrio nasceu em Little Havana, Miami, Flórida, em 1985, em uma família de ascendência cubana. Foi condenado por roubo quando jovem, em 2004, e por rebranding e revenda de dispositivos médicos roubados em 2013.

Tarrio tornou-se um pequeno empresário, inicialmente administrando uma granja no norte da Flórida, antes de se tornar proprietário de uma empresa de instalação de equipamentos de segurança, de uma empresa de rastreamento por GPS e de uma empresa de camisetas para a direita política e simpatizantes. Ele se juntou aos Proud Boys em 2017, depois de conhecê-los em um evento organizado por Milo Yiannopoulos, e participou do comício Unite the Right na Virgínia para protestar contra a remoção de Estátuas confederadas de Charlottesville. Ele ganhou destaque após o debate presidencial de 29 de setembro de 2020 entre Trump e o candidato democrata Joe Biden, depois que Trump disse aos Proud Boys para se “afastarem e aguardarem”, quando o moderador Chris Wallace e Biden pediram a Trump que encorajasse as milícias supremacistas brancas a “retirarem-se”. 

Enrique Tarrio, mais tarde, negou que Trump tenha endossado os Proud Boys, mas se gabou da nova atenção dada ao grupo pela aparente ordem de Trump, contradizendo-se. Em 1º de outubro de 2020, foi revelado que, além de ser um líder da extrema direita, ele também foi presidente de uma das principais organizações da base de Trump, apesar de este alegar não estar ciente da existência dos Proud Boys. Ele concorreu brevemente à Câmara dos Deputados dos EUA no FL-27, fazendo campanha pela reforma da justiça criminal, direitos de armas, combate ao terrorismo doméstico, fim da Guerra às Drogas, liberdade de expressão em plataformas digitais e reforma da imigração; ele desistiu durante as primárias republicanas. Em 4 de janeiro de 2021, ele foi preso em Washington DC por derrubar um banner do Black Lives Matter durante uma marcha pró-Trump, em 12 de dezembro de 2020, mas ele liderou a tentativa de golpe de estado dos Estados Unidos em 2021 dois dias depois.

Antes, em agosto de 2018, ele foi um dos membros do Proud Boys que foram suspensos do Twitter por violar as políticas do site de microblog sobre grupos extremistas violentos. Ele criou uma nova conta com o novo nome @HonoredChair. Sob o novo nome, ele tuitou, em 10 de março de 2019, que nomearia um imigrante ilegal e o denunciaria à Imigração e alfândega se as informações pessoais de qualquer membro do Proud Boys vazassem na internet. O Twitter suspendeu sua conta em 12 de março de 2019. Ele disse que o site lhe explicou por e-mail que ele havia sido removido por evitar a suspensão. 

Em 21 de novembro de 2018, ele se tornou o presidente dos Proud Boys, substituindo Gavin McInnes, que fundou o grupo em 2016. 

Ele não participou fisicamente da violação do Capitólio dos EUA em Washington, DC, em 6 de janeiro de 2021, mas foi acusado de liderar o planejamento antecipado e permanecer em contato com outros membros dos Proud Boys durante a violação do Capitólio dos EUA. 

Ele tinha 38 anos quando foi preso em Miami em 8 de março de 2022. Foi indiciado por uma acusação por conspiração para obstruir um procedimento oficial, obstrução de um procedimento oficial, duas acusações de destruição de propriedade do governo, e duas acusações de agressão, resistindo ou impedindo o trabalho de certos oficiais. Em 6 de junho de 2022, ele, Ethan Nordean, Joseph Biggs, Zachary Rehl e Dominic Pezzola foram acusados de conspiração sediciosa.

Em relação às suas opiniões sobre grupos e ideologias extremistas, Tarrio declarou: “Eu denuncio a supremacia branca. Eu denuncio o antissemitismo. Eu denuncio o racismo. Eu denuncio o fascismo. Eu denuncio o comunismo e qualquer outro ‘ismo’ que seja pessoas por causa de sua raça, religião, cultura, tom de pele”. Em relação à sua própria etnia, ele disse: “Sou muito moreno, sou cubano. Não há nada de supremacia branca em mim”.

Fontes: en.wikipedia.org