O agricultor e líder sindical mexicano-americano, César Estrada Chávez (1927 – 1993) foi um ativista dos direitos civis, líder sindical e ativista. Conforme a organização internacional sem fins lucrativos “
Unidos pelos Direitos Humanos”, Chávez “dedicou sua vida para conquistar o reconhecimento dos direitos dos trabalhadores agrícolas, inspirando-os e organizando-os na Associação Nacional dos Trabalhadores Agrícolas, que mais tarde se tornou Trabalhadores Agrícolas Unidos. Através de passeatas, greves e boicotes, Chávez forçou os empregadores a pagar salários adequados e proporcionar outros benefícios e foi responsável pela legislação que instituía a primeira Lei de Direitos para os Trabalhadores Agrícolas. Por seu compromisso com a justiça social e sua dedicação ao longo da vida para melhorar a vida dos outros, Chávez foi postumamente reconhecido com a mais alta honra civil, a Medalha Presidencial da Liberdade”.
Segundo a
NBC News, “quase 30 anos após sua morte, uma nova Graphic Novel quer inspirar jovens leitores com a história da marcha de protesto de 340 milhas (547,18 km) que consagrou César Chávez como campeão nacional dos trabalhadores rurais e dos direitos trabalhistas e civis em todos os lugares”.
Lançada no início de janeiro deste ano como parte de uma série de livros da Penguin Young Readers sobre figuras históricas, a Graphic Novel foi lançada contando a história da marcha de protesto em 1966 liderada por Chávez que partiu de Delano, na Califórnia, e seguiu até o Capitólio estadual em Sacramento. Essa marcha chamou a atenção nacional e levou ao primeiro contrato de trabalho para a nascente Associação Nacional dos Trabalhadores Agrícolas, fundada por Chávez e outros líderes trabalhistas. O sindicato mais tarde se fundiu e acabou se tornando o sindicato United Farm Workers”, segundo a publicação.
A reportagem citada informa que as ilustrações da Graphic Novel foram efetuadas por Mar Julia, “que foi indicada ao prestigioso Prêmio Ignatz, que reconhece as conquistas no desenho animado”.
A Associated Press informou que durante esse período os trabalhadores agrícolas migrantes carregavam sacos de dormir e sacos de papel com roupas. Eles não tinham comida nem abrigo e contavam com a hospitalidade de outros trabalhadores migrantes ao longo do caminho. Os manifestantes marcharam com uma tapeçaria de seda bordada de Nossa Senhora de Guadalupe, a padroeira do México.
“A marcha de 25 dias, descrita como uma peregrinação, começou em 17 de março e terminou na praça Oeste do Capitólio no domingo de Páscoa, 10 de abril. Enquanto muitos trabalhadores migrantes estavam unidos pela fé, eles também carregavam uma placa de madeira com o símbolo palavra “huelga” (“greve”) gravada nele. […] Em 1966, Chávez liderou os vindimadores de Delano em greve por salários mais altos. Eles exigiram um aumento nos salários por hora de US$ 1,20 para US$ 1,40 e um aumento no pagamento de incentivos de 10 centavos para 25 centavos por caixa. Para referência, o Censo dos EUA diz que a renda média das famílias americanas atingiu um novo pico de US$ 7.400 no mesmo ano”, ainda segundo a publicação.
A reportagem observa que o “New York Times” considerou em obituário no ano de sua morte, que ele “foi amplamente reconhecido por realizar mais para melhorar a sorte do trabalhador agrícola imigrante do que qualquer outro”.