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Adelina Otero-Warren

Editores | 09/04/2022 23:40 | SEMBLANZA DE LA SEMANA
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Nina Otero-Warren foi uma líder no movimento sufragista do Novo México e a primeira superintendente feminina das escolas públicas de Santa Fé, cuja história foi homenageada através da estampa de seu rosto na quarta moeda de 25 centavos do “American Women Quarters Program”, um programa de quatro anos (2022-2025) que celebra as realizações e contribuições das mulheres para o desenvolvimento e a história dos Estados Unidos.
 


Ela enfatizou a necessidade do espanhol na luta pelo sufrágio para alcançar as mulheres latinas e liderou o esforço no lobby de ratificação da 19ª Emenda, em 1920, que assegurou voto feminino e primeira eleição nacional com participação das mulheres no Novo México. Adelina se esforçou ainda para melhorar a educação para todos os Novos Mexicanos, trabalhando especialmente para promover a educação bicultural e preservar as práticas culturais entre as comunidades hispânicas e nativas americanas do estado.

María Adelina Isabel Emilia Otero nasceu em 23 de outubro de 1881 na fazenda de sua família, “La Constancia”, perto de Los Lunas, Novo México. Seus pais, Manuel B. Otero e Eloisa Luna, pertenciam a famílias hispânicas proeminentes e politicamente conectadas que traçavam suas linhagens até os primeiros colonizadores espanhóis da região. Ela ainda não tinha dois anos quando seu pai foi morto por um invasor anglo-saxão que tentava invadir as terras de sua família. Sua mãe se casou novamente, em 1886, e Otero se tornou a segunda mais velha de 12 filhos. Ela recebeu uma educação formal na “Academia de São Vicente”, em Albuquerque, e no “Colégio do Sagrado Coração” de Maryville (agora Universidade de Maryville), em St. Louis, mas voltou para a fazenda da família quando tinha 13 anos para ajudar a cuidar de seus irmãos mais novos. Em 1897, sua família mudou-se para Santa Fé quando seu primo, Miguel Otero II, tornou-se o governador do Território do Novo México e nomeou seu padrasto como funcionário judicial. Durante este período, Otero (que passou a ser “Nina” na idade adulta) se socializou entre a elite política e cultural de Santa Fé.

Em 1907, Otero conheceu Rawson D. Warren, um oficial da Quinta Cavalaria dos EUA, servindo em Fort Wingate. Otero e Warren se casaram no ano seguinte e se mudaram para Fort Wingate. Mas, dois anos depois, Otero-Warren se divorciou do marido e voltou para Santa Fé. Devido aos preconceitos contra as mulheres divorciadas na época, Otero-Warren sustentou que ela era viúva e continuou a usar seu nome com hífen.

Otero-Warren mudou-se para Nova York, em 1912, para ajudar a manter uma casa para seu irmão que estudava na Universidade de Columbia. Enquanto estava lá, ela ganhou experiência trabalhando no movimento de assentamentos. Após a morte de sua mãe, em 1914, Otero-Warren voltou para Santa Fé para mais uma vez cuidar de seus irmãos mais novos.

Em Santa Fé, Otero-Warren tornou-se ativa no movimento de sufrágio feminino e enfatizou a necessidade de defender o sufrágio em espanhol e em inglês. Ela insistiu que os materiais de sufrágio fossem publicados em ambas as línguas para alcançar a grande população de mulheres de língua espanhola no Novo México. 

Otero-Warren tornou-se a primeira mulher hispânica a concorrer ao Congresso quando ganhou a indicação do Partido Republicano em 1922 (mais uma vez derrotando um oponente masculino). No entanto, ela perdeu a eleição geral por menos de 10.000 votos, em parte, devido à descoberta do público de que ela era divorciada e não viúva. Ela nunca mais concorreu a um cargo público, mas continuou a trabalhar no governo, servindo como diretora de alfabetização do Novo México para o “Corpo de Conservação Civil” na década de 1930, e diretora da Works Progress Administration, em Rio Piedras, Porto Rico, na década de 1940. Durante a Segunda Guerra Mundial, ela dirigiu o “Escritório de Administração dos Preços” do Condado de Santa Fé como encarregada de fazer cumprir os controles de preços do governo federal.

No início da década de 1930, junto com sua parceira, Mamie Meadors, Otero-Warren herdou 1.257 acres de terra a noroeste de Santa Fe, que eles chamaram de Rancho Las Dos (“As Duas Mulheres”). Em 1936, Otero-Warren publicou “Old Spain in Our Southwest”, um livro de histórias de sua infância em Los Lunas. Ela e Meadors fundaram a “Las Dos Realty and Insurance Company”, em 1947. Meadors morreu em 1951, mas Otero-Warren administrou o rancho e o negócio até sua morte em 1965.



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